Vinte anos sem Chico Mendes

No último dia 22 de dezembro, o Brasil – e em especial a pequena Xapuri, no Acre – choramos os 20 anos da morte de Chico Mendes. Num ano em que chegou no Supremo a discussão dos limites legais das reservas indígenas brasileiras, é fundamental relembrar a vida e o pensamento desse baluarte da cidadania brasileira que foi Chico Mendes.

Líder seringueiro que já conquistara respeito internacional, Chico Mendes tinha 44 anos quando foi assassinado na porta de casa. Tornou-se símbolo da luta pela defesa dos povos da floresta como meio mais eficaz de defesa da própria floresta como bem da humanidade. Uma de suas maiores bandeiras era a criação das chamadas “reservas extrativistas”, que poderiam garantir o sustento daqueles que vivem da floresta, mas sem degradar seus recursos naturais aos níveis que assistimos atualmente. Hoje, essas reservas são consideradas modelo internacional da preservação do meio ambiente como forma de inclusão social.

Em seu artigo deste último domingo “Mataram Chico Mendes! Parece que foi ontem” o ex-governador do Acre Jorge Viana rende uma devida homenagem a um cidadão brasileiro exemplar.

Afinal, como Viana bem observa, hoje, quando o mundo tem como grande desafio o enfrentamento das mudanças climáticas, “as idéias de um ambientalismo social dão ao Brasil uma importante vantagem comparativa no concerto das nações. Tanto maior, quanto mais a sustentabilidade se impõe como condição para o desenvolvimento”.

E é esse legado de respeito ao meio ambiente, de obstinação e de plena cidadania que precisa estar ainda mais presente na vida das pessoas, nas empresas, na sociedade e nos governos.

Aqui na Voz do Cidadão colocamos um link para o sítio do Instituto Internacional Social Ambiental Chico Mendes, voltado para a educação ambiental.

E que, em 2009, possamos todos ter um espírito mais despojado de interesses paroquianos, pessoais ou corporativos, e possamos também abrir mais a nossa mente para a emergência de uma cidadania planetária. Pois a luta maior será sempre aquela pelos direitos e deveres difusos e coletivos que afetam a todos nós e a todo o planeta. Boas festas!

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