Procon Político

Recebemos do cidadão morador de Mateus
Leme, nas Minas Gerais, Ronaldo Carvalho
de Sousa, uma provocativa questão
sobre os direitos políticos dos cidadãos
eleitores. Ele nos questiona sobre a crítica
que geralmente se faz de que os eleitores
brasileiros não cobram a atuação
dos políticos eleitos de acordo com
suas promessas de campanha. E vai além.
Como cobrar se não há um instrumento
institucional para fazê-lo?

Ronaldo acha que os candidatos deveriam
redigir e registrar no cartório eleitoral
um documento onde exporiam seus compromissos
de campanha, os prazos e formas de atuação.
Caso não cumprissem haveria um órgão
equivalente a uma espécie de Procon
eleitoral que encaminharia ao TSE o pedido
de cassação.

Belíssima sugestão, Ronaldo.
Só pela sua iniciativa você
já merece nosso diploma de cidadão
exemplar, seriamente preocupado em colaborar
com o crescimento da consciência da
cidadania brasileira. Mas a questão
é: quem vai votar a criação
desse órgão especial da Justiça
Eleitoral que controlaria os políticos?
Você acha que os políticos
encaminhariam um projeto de lei contrário
aos seus próprios interesses?

É por isso, Ronaldo, que estamos
aqui lutando para divulgar a prioridade
das reformas política e da justiça,
coisa que, não sei se você
já reparou, anda mais arrastada do
que passo de cágado. Acreditamos,
Ronaldo, que só pela mobilização
da opinião pública e maior
organização da cidadania,
pressionando pela reforma política
e principalmente pelo instituto do voto
facultativo, como exposto no manifesto político
aqui de nosso site, é que conseguiremos
melhorar a qualidade de nossa representação
política, evitando-se o voto fisiológico
dos corruptos.

Afinal, eles têm mais medo da mídia
do que de qualquer processo judiciário
que acham que podem manipular. Cabe a nós,
cidadãos de bem, constrangê-los
publicamente.

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