Pesquisa sobre liberdade econômica mostra que Brasil piorou
Como pudemos observar em nosso comentário de terça passada, não existe limite para a gastança do poder público e a voracidade arrecadatória cada vez maiores. Comentamos na ocasião o que significa de atraso de mentalidade do político brasileiro as tentativas seguidas de inchado dos gastos públicos, como aprovação de mais 7 mil vereadores e de mais gastos com planos de saúde e gratificações para servidores. E isso só no Congresso Nacional. Além de seguidos aumentos na carga tributária sobre os cidadãos. Déficit público é igual a déficit de cidadania. E isso se corrige com informação e controle social sobre os mandatos, os governos e os orçamentos públicos.
Segundo pesquisa do professor de economia Ricardo Bergamini, o que torna perverso o peso dos tributos no Brasil não é propriamente o seu tamanho, mas também a sua qualidade. Ainda que tenhamos carga tributária menor que países desenvolvidos como Alemanha, Dinamarca, Suécia, Noruega e outros, é muito ruim a qualidade dos serviços que o Estado retorna ao cidadão brasileiro, que ainda precisa pagar por escolas particulares, plano de saúde, segurança particular e plano privado de aposentadoria.
E mais, o professor Ricardo revela que esse peso tem aumentado bastante ao longo das últimas décadas. Do ano de 1992 até o ano de 2007 a carga tributária brasileira teve um aumento de 34,58%.
Pois também na terça passada, foi divulgada pela fundação americana Heritage de estudos econômicos, o ranking 2009 de Liberdade Econômica. E que vem confirmar o “freio de mão” na economia causado pela carga tributária. Mais uma vez, o Brasil decepcionou na listagem, caindo da posição de número 101, no ano passado, para a de número 105 desta vez, dentre 183 países ranqueados. Os tigres asiáticos continuam dando um show de não intervencionismo estatal nas suas economias. Pelo décimo quinto ano consecutivo, Hong Kong ocupa o topo da lista, seguido por Cingapura. No âmbito regional, o Brasil também ficou muito a dever. Dos 29 países pesquisados na América do Sul e Caribe, estamos num vergonhoso vigésimo primeiro lugar.
Segundo a Fundação Heritage, esteamos bem em itens como controle de inflação, comércio e trabalho. Mas, como tem sido observado nas últimas edições da lista, os pontos mais negativos para nossa liberdade econômica são mesmo o peso dos impostos e o tamanho do Estado. É a tão falada carga tributária que, no Brasil, é um dos maiores fatores para a queda na taxa de emprego formal.
Aqui na Voz do Cidadão colocamos à disposição dos visitantes um link para a lista completa do ranking 2009 de liberdade econômica, da Fundação Heritage. Para vocês conhecerem e refletirem porque estamos tão atrás até de países de economia mais modesta, como a Albânia, Belize, Gana, Uganda, Paraguai e Nicarágua, dentre outros.