Pesquisa IBGE

Acaba de sair do forno:
o Brasil bateu a marca de 276 mil entidades
sem fins lucrativos, segundo a primeira
pesquisa do IBGE sobre o chamado terceiro
setor. O objetivo foi traçar um retrato
de um dos segmentos que mais cresce no país.

Segundo o levantamento, essas entidades
têm como característica o trabalho
voluntário, autônomo e privado,
e representam 5% do total das empresas cadastradas
no CNPJ. O IBGE destaca que a participação
das entidades sem fins lucrativos passou
a ganhar mais evidência a partir da
década de 80, com o início
do processo de redemocratização
do país. A maioria delas, 62%, foi
criada a partir da década de 1990.
E sua expansão é visível:
de 1996 a 2002 o número de entidades
mais do que dobrou, passando de 105 mil
para 276 mil. No mesmo período, o
conjunto de empresas do país cresceu
66%.

As entidades do terceiro setor empregam
no total 1,5 milhão de pessoas, um
número três vezes superior
ao dos funcionários públicos
federais. Entre os empregados, a maioria
trabalha nos setores de educação
e saúde, com uma média de
remuneração de 4,5 salários
mínimos. As entidades religiosas
representam 26% do terceiro setor. A área
de saúde corresponde a 47% das instituições.

Pois, dado este cenário, é
que a nossa Voz do Cidadão vem colocando
uma questão estratégica para
o desempenho da ação social
do terceiro setor: não basta a consciência
de responsabilidade social na colaboração
voluntária com os agentes do poder
público. Há que crescer a
participação das organizações
dedicadas às questões políticas
e do controle social sobre os governos,
mandatos e orçamentos públicos.

É o que chamamos hoje de pautar a
responsabilidade social pela responsabilidade
civil e política. Pois só
com a inclusão política de
nossas elites, se dispondo a tomar conta
do orçamento público, é
que poderemos garantir a inclusão
social da maioria da população
e impedir que, a cada dois reais aplicados
em saúde e educação,
um acabe sendo desviado pela corrupção.

Participe você também deste
debate pelo crescimento de uma verdadeira
cultura de cidadania para um país
mais justo e menos violento para os nossos
filhos!

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