Ministério do Meio Ambiente lança campanha “Saco é um saco”

Ministério do Meio Ambiente lança campanha “Saco é um saco”

A respeito da campanha “Saco é um saco” do Ministério do Meio Ambiente, que pretende reduzir o uso das famigeradas sacolas plásticas em lojas e supermercados, vale a pena refletir sobre o que fazer em relação ao impacto que este tipo de material traz ao meio ambiente. Embora a campanha se dirija preferencialmente para os cidadãos consumidores, é oportuno que o tema se estenda para os gestores privados – como as associações comerciais, clubes lojistas e associações de moradores. Mas sobretudo aos gestores públicos, não apenas das secretarias de meio ambiente, mas também das áreas de comércio, indústria, educação e fazenda.

Para além da campanha de conscientização, é preciso que os cidadãos pressionem seus prefeitos, vereadores e deputados estaduais para que seja adotada uma legislação específica. E que de preferência não tenha apenas um viés punitivo, mas que venha estimular empresas a oferecer alternativas às sacolas plásticas, como sacos de papel, bolsas de tecido ou carrinhos de compras, e em troca de programas de fidelização de seus consumidores abrindo, inclusive, oportunidades de novos negócios para as empresas.

Afinal, o número impressiona. A própria Associação Brasileira de Supermercados, a ABRAS, revela que o Brasil consome 12 bilhões de sacolas plásticas por ano. Esta é uma questão que já vem sendo enfrentada por muitos países, que não só fazem campanhas contra as sacolas plásticas como já discutem uma legislação específica. Cidades como Toronto e Londres já anunciaram disposição firme em banir as sacolas. Na Inglaterra, mais de 80 cidades possuem legislação local e uma lei nacional está sendo apreciada. Pelo lado do empresariado, várias campanhas têm sido feitas por grandes lojas e supermercados. A rede inglesa Mark & Spencer passou a cobrar 5 pence a mais por cada sacola levada por seus consumidores. Em outras redes no país, o apelo é ainda mais veemente. A Body Shop incumbiu seus próprios vendedores de convencer os clientes a não levarem as sacolas e a passarem a usar sacolas de materiais mais “amigáveis”, como o tecido de algodão. Um exemplo perfeito de cidadania corporativa e responsabilidade social ambiental.

No Brasil, o Instituto Akatu já aderiu à campanha do Ministério do Meio Ambiente e está divulgando em seu site uma série de alternativas para as sacolas plásticas, além de dicas para sua reutilização, sem o descarte na natureza.

A luta pela preservação do meio ambiente, juntamente com a vigilância sobre governos e legisladores, são as duas maiores frentes de ação para a cidadania planetária hoje. Acesse o site da campanha aqui na Voz do Cidadão e reenvie para a sua lista.

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