Mais duas publicações sobre Responsabilidade Social Empresarial são lançadas

Várias entidades da sociedade civil estão se mobilizando sobre um tema que começa a ficar muito em voga: a Responsabilidade Social Empresarial. A própria CNI/Confederação Nacional das Indústrias, uma entidade de classe, lançou uma publicação sobre o tema e que foi tema de nossa conversa há duas semanas. Desta vez, temos dois lançamentos interessantes, ambos divulgados pelo Instituto Ethos.

O primeiro, um material divulgado em parceria com a ANDI/Agência de Notícias dos Direitos da Infância, fala de uma pauta de responsabilidades mínima entre as empresas e a impresa. A publicação faz uma análise da cobertura jornalística dispensada à Responsabilidade Social Empresarial. Um primeiro estudo revela que 75% das matérias avaliadas fazem mençãodireta à RSE, pelo menos quanto à terminologia.

Por outro lado, o material produzido em parceria com o Instituto Akatu, trata da Responsabilidade Social Empresarial em sua vertente do consumo consciente. Trata-se de uma pesquisa realizada ao longo de 2005 sobre a percepção do consumidor brasileiro, suas expectativas e reações ante as ações das empresas nesta área. Algumas conclusões da pesquisa: aumentou o interesse dos cidadãos brasileiros com relações às ações de reponsabilidade social das empresas, aumentou também a expectativa dos cidadãos de que as empresas se engajem mais social e ambientalmente, esses cidadãos estão dispostos a “premiar” mais as empresas responsáveis, através de compra ou de “falar bem” de seus produtos. Assim como, podem puni-las, rejeitando os produtos daqueles que não têm compromisso com a pauta da RSE. Pode-se ressaltar que o consumidor brasileiro, comparado aos consumidores de outros países, espera mais participação das empresas nas áreas da saúde, educação e cultura – como uma contribuição efetiva no combate à desigualdade social.

Embora estas três publicações busquem análises e respostas nas esferas econômica, social e ambiental, elas passam muito superficialmente pela questão política. E, das 3, apenas o guia da CNI se refere à esfera política, ainda que superficialmente, como “co-reponsabilidade pelo todo”, o que seria o mais alto degrau na escala de desenvolvimento de uma empresa.

Justamente o que defendemos aqui na Voz do Cidadão é que esta “co-responsabilidade”, na verdade, deveria estar acima das outras. Seria um primeiro passo antes de qualquer outra responsabilidade, num movimento que chamamos aqui de RPE – Responsabilidade Política Empresarial. Afinal, os países mais desenvolvidos só puderam sistematizar as ações de RSE uma vez atingido o patamar da RPE. E isso não se consegue omitindo-se ou ignorando-se a esfera política, mas sim, participando dela.

Para empresários e executivos interessdos no tema, temos aqui no nosso www.avozdocidadao.com.br, algumas ferramentas para desenvolvimento de RPE, como a “Declaração de Responsabilidade Política” (Clique aqui >>) ou a “Defesa do Eleitor” (Clique aqui >>).

Baixem e participem!

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