Jovens deveriam participar mais das eleições

Vamos comentar hoje uma notícia recém divulgada nos principais meios de comunicação do país. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral, o TSE, o percentual de jovens eleitores da faixa de 16 a 17 anos diminuiu 18% em relação às eleições municipais de 2008. Para as eleições de 2010 o número do eleitorado juvenil caiu para 2,39 milhões, menor até do que o da última eleição presidencial.

Esse fato é preocupante, pois estamos falando aqui de futuros cidadãos consumidores, moradores e principalmente pagadores de impostos. Cidadãos que têm o dever de cidadania de se interessar pela política e, mais do que tudo, exercer vigilância sobre mandatos dos políticos eleitos e a aplicação do dinheiro público.

A resposta para esta baixa adesão dos jovens cidadãos à participação política não está apenas na desculpa de sempre de que as denúncias de corrupção dos políticos afastam os cidadãos da política. Claro que em boa medida é isso mesmo, mas existe um outro fator que sempre comentamos aqui: a falta cidadania nas escolas.

Falta voltar ao currículo escolar as matérias de ética, organização política brasileira, civismo e outras, pouco a pouco retiradas da grade até o início dos anos 90. Através deste esforço na Educação, nossos jovens cidadãos poderão compreender melhor do que é feito o Brasil de hoje. E assim aprender dá para fazer alguma coisa além de votar e ficar olhando os desmandos dos políticos durante quatro anos.

Muita coisa é possível. As entidades da sociedade civil organizada acabam de conseguir uma vitória espetacular com a aprovação da Lei Ficha Limpa. Com jovens cidadãos engajados na luta da cidadania, muitas outras vitórias virão, como as reformas política, eleitoral e tributária.

Segundo o TSE, 64% do eleitorado brasileiro está na faixa de 16 a 34 anos de idade. Um contingente expressivo de nada menos que 86 milhões de cidadãos e cidadãs que decidirão efetivamente os destinos do país nas urnas.

É preciso participar mais do processo político, mas não podemos nunca nos esquecer de fiscalizar e cobrar dos políticos o adequado uso do dinheiro dos impostos que não é deles. É meu, é seu, é nosso.

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