Intelectuais divulgam manifesto com críticas às recentes manifestações e greves

ouvirOuvintes do Panorama, agora vamos comentar uma outra polêmica que temos visto nos meios de comunicação envolvendo direitos e deveres dos cidadãos garantidos pela Constituições Federal.

Semana passada um grupo de intelectuais, em sua maioria professores de respeitadas universidades públicas, divulgou um manifesto em relação às recentes manifestações e greves nas maiores cidades do país. Aparentemente, todas elas tentando “pegar uma carona” na visibilidade proporcionada pela Copa da Mundo que começa esta semana.

Para o grupo, o Brasil vive hoje uma grande crise de valores e de entendimento do que são os verdadeiros deveres e direitos de cada um. Por um lado, o artigo 5º da Constituição Federal nos garante a liberdade de associação, de expressão e de manifestação. É o caso das grandes manifestações que tivemos no ano passado em praticamente todas as capitais do país.

Mas, por outro lado, um dos direitos básicos dos cidadãos, o de ir e vir, vem sendo sistematicamente negado em cada um desses eventos, na medida em que o bloqueio de vias públicas tem sido uma estratégia da atuação de movimentos sociais.

No texto, o manifesto deixa claro esse embate de direitos, quando afirma: “O direito de manifestação, assim como o de greve, precisam ser preservados e mantidos dentro de seus limites legais”. e completa que “é alarmante ter as forças da ordem pública assistindo passivamente ou mesmo contribuindo com o transtorno com o bloqueio de grandes vias, preferencialmente nos horários de rush”.

Na verdade, esta é mais pura expressão da cidadania, expressa no adágio popular “o direito de um termina onde começa o do outro”. Afinal, pode uma única categoria de trabalhadores parar uma cidade inteira por causa de suas reinvindicações corporativas? Será que a via da negociação tem sido tentada à exaustão antes de atitudes mais radicais? E o cumprimento das sentenças dadas pelos tribunais do trabalho em todo o país? E, mais do que isso, como o Ministério Público e outras instituições de Estado têm se posicionado em relação a esses casos de flagrante desrespeito com os demais cidadãos?

Mais que o direito, temos a obrigação de nos manifestar e fazer nossas vozes serem ouvidas. Mas é urgente uma discussão sobre os limites legais dessa manifestação. O caso do comportamento black bloc prova isso.

Aqui no www.avozdocidadao.com.br vocês encontram a íntegra do manifesto divulgado por professores e intelectuais. Vale conferir e refletir sobre o quanto devemos apoiar ou não manifestações como as que temos visto nesta véspera de Copa do Mundo.

Pensem nisso, e, claro, sem deixar de torcer pela nossa seleção. Até domingo que vem!

1 comentário

  1. Rádio Globo | A Voz do Cidadão em 15 de abril de 2015 às 11:54

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