Fim do 14º e 15º salários no Congresso deve ser apenas o início de uma reforma mais ampla

ouvirBoa noite cidadãos ouvintes do Agito! Boa noite Thiago Matheus!Esta semana uma boa notícia para os cidadãos pagadores de impostos veio do Congresso Nacional. Numa votação rápida, praticamente simbólica, nossos parlamentares aprovaram projeto de lei da senadora Gleisi Hoffman que determina o fim do pagamento do 14º e 15º salários a deputados e senadores ao longo de todo o seu mandato.

Esta era uma decisão óbvia mas que vinha sendo adiada faz muito tempo. A justificativa para uma aberração destas era que um parlamentar tinha que arcar com os custos de mudança de sua família para a capital federal e, depois, ao deixar seu mandato, com os custos de voltar ao seu estado de origem. Só que isso acontece apenas no início e no fim de cada mandato, e o benefício vinha sendo concedido anualmente ao longo de toda a permanência do político em Brasília.

Esta é apenas uma dentre tantas aberrações que nossos congressistas lançam mão para engordar seus vencimentos. E no final isso significa uma conta bem salgada, sempre paga pelos cidadãos. Por isso, foi bem oportuna a análise feita pelo site Contas Abertas, especializado em acompanhar os gastos do poder público brasileiro.

Segundo o Contas Abertas, o congressista brasileiro represente uma carga bem pesada para o contribuinte. Em 2013, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal devem gastar juntos R$ 8,5 bilhões, o equivalente a nada menos que R$ 23 milhões por dia. Um valor como esse é semelhante a todo o orçamento de uma capital como Belo Horizonte em 2012.

É preciso que a sociedade tenha consciência do que significa uma estrutura tão pesada assim e que reflita se o trabalho desenvolvido no Congresso vale todo esse dinheiro. A mais recente pesquisa das Nações Unidas sobre gastos públicos apontou o Congresso brasileiro como o segundo mais caro do mundo, dentre 110 nações pesquisadas, só perdendo para o americano.

Pois a saída para isso está no apoio de toda a sociedade para uma verdadeira reforma política que não seja apenas do sistema eleitoral ou partidário. Nesse sentido, vale a pena conhecer as propostas da Plataforma pela Reforma Política que, dentre outros itens, defende o aperfeiçoamento de mecanismos de democracia participativa direta, como referendos, plebiscitos e leis de iniciativa popular.

Afinal de contas, se nossos nobres parlamentares querem manter as coisas do jeito que estão, cabe à sociedade fazer com que eles entendam que ninguém mais aceita a cultura do jeitinho político e do toma-lá-dá-cá. Como bem disse o deputado federal Miro Teixeira: “só um congresso fechado é pior do que esse que está aí”.

Vale a pena dar uma passadinha aqui no www.avozdocidadao.com.br e conhecer a íntegra da pesquisa do Contas Abertas sobre os gastos do nosso Congresso.

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