Escola Sem Partido

Semana passada comentamos a divulgação pelo movimento Todos pela Educação do rendimento de nossos alunos do ensino Fundamental, numa pesquisa por municípios. Como esperado, o resultado não foi muito animador e revela que ainda temos muito o que fazer.

Hoje vamos comentar outro aspecto que envolve a questão da Educação no Brasil e que aos poucos vem chamando a atenção de pais, educadores e donos de estabelecimentos de ensino, que é o número crescente de denúncias da chamada “doutrinação” no ensino.

Já não são poucos os casos de pais e mesmo alunos que vêm a público reclamar de professores que se utilizam da sua maior experiência e de sua autoridade dentro de uma sala de aula para incutir nos alunos conceitos nitidamente politizados e que vêm bater de frente com a liberdade de pensamento e com a educação livre da polarização político-partidária.

Pois para justamente ampliar esse debate e receber denúncias de cidadãos, existe o site Escola Sem Partido, criados nos mesmos moldes da iniciativa americana NoIndoctrination.org. Segundo o seu coordenador Miguel Nagib, “sob o pretexto de transmitir aos estudantes uma “visão crítica” da realidade, professores e autores se prevalecem da liberdade de cátedra, da cortina de segredo das salas de aula, da imaturidade, da inexperiência e da falta de conhecimento dos alunos para impingir-lhes a sua própria visão de mundo”. E, pior, “de tanto escutar e repetir que “a educação é um ato político”, os profissionais da educação sequer reconhecem a ideologização como um mal a ser evitado”.

Assim como tanto se tem repetido, a Constituição Federal garante que o Estado brasileiro é laico, e que portanto não pode servir de veículo de disseminação de símbolos e conceitos religiosos, uma escola deve servir à liberdade de pensamento.

Como bem diz Nagib, ao lado da liberdade de ensinar está a liberdade de aprender, ambas asseguradas pelo art. 206 da Constituição Federal. A doutrinação político-ideológica em sala de aula constitui claro abuso da liberdade de ensinar; abuso que implica o cerceamento da correspondente liberdade de aprender, já que, numa de suas vertentes, essa liberdade compreende o direito do estudante de não ser doutrinado. E de conhecer os diferentes prismas de uma questão e não apenas o da doutrina do professor.

Conheça o www.escolasempartido.org.br e participe de uma dos debates mais atuais e importantes da cidadania.

Deixe um Comentário

Você precisa fazer login para publicar um comentário.