Documentário “Falcão” expõe a ausência da figura do pai

O documentário Falcão – Meninos do Tráfico já foi exibido no Fantástico há duas semanas mas o grito pela necessidade urgente de mudanças ainda continua.

Para quem não teve oportunidade de assistir, o documentário do rapper MV Bill e Celso Athayde fala sobre os jovens envolvidos com o tráfico de drogas. Menores de idade que atuam como olheiros, vigiando a ação da polícia. Segundo MV Bill, este posto na hierarquia do tráfico é ocupado apenas por garotos menores de 18 anos. No filme, os jovens expõem seu pensamento sem um sociólogo, pesquisador ou narrador que fale por ele.

Sob o ponto de vista da cidadania, é interessante observar, logo a partir dos primeiros minutos, que fica patente a importância essencial da figura do pai na formação do caráter desses meninos e a determinação de seu próprio destino. A ausência do pai, muitas vezes morto no confronto com outros traficantes ou pela própria polícia, a ajuda às mães e sua própria veneração, bem como a morte precoce são traços comuns na vida dos jovens do tráfico.

São mais 30% das mães brasileiras que, segundo o IBGE, ocupam a posição de chefe de família pela total irresponsabilidade civil de pais que fogem, abandonam seus filhos, ou simplesmente nunca os assumem. No âmbito das comunidades faveladas fluminenses é até maior este percentual de mães que procuram preencher esta lacuna da função paterna de imposição de limites, senso de perigo e temor pela lei, na maioria das vezes sem sucesso.

Na Agenda da Cidadania, aqui da Voz do Cidadão, vocês encontram uma análise sobre o documentário Falcão e a programação completa de lançamento do livro de mesmo nome que acontecerá no Rio e em São Paulo. Hoje, o debate é no Rio, no auiditório do Globo a partir das 19 horas. Em São Paulo, será no dia 5 de abril, na Comunidade Real Parque – Projeto Casulo – R. Paulo Beourroul, 100 – Bairro Real Parque

Confiram a agenda completa e participem!

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