D. Isabel e a luta pelo voto feminino

Cerca de duas semanas atrás, falamos sobre as pioneiras
na luta pelo voto feminino na Inglaterra, as Suffragettes, que buscaram com
garra e às vezes até violência fazer valer direitos políticos
iguais para homens e mulheres.

Hoje, no início das comemorações pelo
13 de maio, dia da assinatura da Lei Áurea, que libertou os escravos,
vamos comentar um documento recentemente descoberto e cuja autenticidade já
foi atestada por especialistas. Num lote de 3 mil documentos do memorial Visconde
de Mauá, uma carta escrita pela princesa D. Isabel ao visconde de Santa
Victoria chamou a atenção. Nela, uma revelação surpreendente:
passado pouco mais de um ano da libertação dos escravos, a princesa
agora estava disposta a lutar pelo que na época se chamava “sufrágio
feminino”, com o argumento de que “se a mulher pode reinar também
pode votar!”.

Pois temos então a nossa pioneira na luta pelo voto
feminino! E isso pelo menos dez anos antes das próprias Suffragettes!

E D. Isabel não pensava em ficar apenas nestas duas
lutas. Após lutar pela liberdade dos escravos e pela liberdade feminina
de votar, a princesa falava abertamente em reforma agrária, ao defender
a colocação dos ex-escravos em terras adquiridas com fundos doados.

E vale a pensar nisso, num momento em que mais de um terço
do Congresso é colocado em xeque com as recentes denúncias dos “parlamentares
sanguessugas”. Segundo o site www.brasilimperial.org.br,
levantamentos realizados nas despesas com famílias reinantes, no mundo inteiro,
demonstram que é muito mais barato manter-se uma Família Real do que uma Presidência
de República. Esse, inclusive, foi um dos motivos que levaram os políticos noruegueses
a optarem pela Monarquia, assim que a Noruega desligou-se da Suécia no final
do século XIX e início do século XX. Pelos valores apurados há alguns anos,
a Monarquia mais dispendiosa do mundo era a britânica, cuja família real custava
aos cofres públicos aproximadamente US$ 1,80 (um dólar e oitenta centavos) per
capita, anualmente. Na mesma relação de despesas, a manutenção da Presidência
da República no Brasil, por exemplo, custava US$ 11,00 (onze dólares), igualmente
per capita.

Pois, para conhecer mais sobre a história de D. Isabel,
seus ideais e lutas, recomendamos o www.idisabel.org.br,
do Instituto D. Isabel I. Aqui, na nossa Agenda da Cidadania, vocês têm
mais informações sobre o documento descoberto e inclusive um link
para o site da revista Nossa História, o www.nossahistoria.net,
que está nas bancas este mês com um extenso artigo sobre o assunto.

Participem!

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