A percepção de cidadania deve mudar urgente

Retomamos o tema já abordado aqui pela Voz do Cidadão e pelo último Globo Repórter da TV Globo, falando sobre a diferença de percepção que há sobre o que seria de fato a cidadania por parte de nossos freqüentadores aqui do site.

A Voz do Cidadão vem defendendo a tese, que nos parece estratégica diante do atual descalabro político a que chegamos hoje, de que cidadania não pode se limitar à boa conduta social, à solidariedade, ou caridade cristã. Se não, ficamos todos nas mãos de Deus… E não na mão falha da justiça dos homens.

A propósito, comunicamos que o excelente documentário “Justiça”, indicado na seção de filmes de nossa Agenda da Cidadania, e sobre o qual falamos no início do ano, já se encontra disponível em DVD. Para quem não se lembra, o documentário mostra o dia-a-dia do sistema judicário brasileiro (no caso, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro). Uma denúncia forte e chocante que demonstra de forma definitiva o quanto precisamos tomar conta do que é público. No caso, do poder judiciário, que freqüentemente não percebemos que é um poder.

É sempre bom frisar que cidadania é ter uma conduta exemplar, sim, mas é fundamental tomar conta para que o outro também aja exemplarmente. Exercê-la no espaço público. Afinal, para além de CPIs e da ação do Ministério Público e da Polícia Federal, o que garante mesmo uma maior transparência e lisura no trato com os bens e o com dinheiro público é a fiscalização da sociedade civil organizada.

É a vigilância civil dos espaços públicos, das calçadas, das ruas, dos parques até os palácios. O que significa dar crédito às instituições políticas. Coisa urgente no Brasil de hoje!

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