30 bilionários na Forbes e nenhuma universidade na lista das melhores

30 bilionários na Forbes e nenhuma universidade na lista das melhores

A revista Forbes, famosa por suas listas e rankings de endinheirados pelo mundo, divulgou semana passsada a sua mais nova pesquisa: os maiores bilionários do mundo. Na lista “Billionaires”, uma surpresa: a presença de nada menos que 30 cidadãos brasileiros, ao lado de assíduos frequentadores como Bill Gates, Carlos Slim, Warren Buffett e outros. “Nosso” Eike Batista figura nos Top 10, ocupando o oitavo lugar. Segundo o próprio, na verdade sua colocação é a sexta atualmente.

O comentário de hoje na verdade é um questionamento sobre o verdadeiro papel de cidadania da elite de qualquer sociedade. Os ricos (por que não usar o termo comum, tão mal-entendido ultimamente?), e que são de fato a elite, têm, sim, o dever de liderar a promoção de cidadania por todos os estratos da coletividade.

Educação, justiça, liberdade e outros valores caros à cidadania devem ser bem-entendidos por todos os cidadãos. E, mais que isso, o entendimento de temas como o verdadeiro papel do Estado e a responsabilidade política das lideranças sociais entre os demais cidadãos. Em países onde essa percepção é clara, os exemplos são muitos. Muitas universidades de renome e que estão dentre as melhores do mundo foram criadas e são mantidas por uma elite econômica que sabe bem qual o seu papel de cidadania.

Na lista da organização Times Higher Education com as melhores universidades no mundo, não chegamos nem entre as 200 primeiras, contra várias colocações de instituições chinesas, australianas, neozelandesas, para citar alguns países reconhecidos por seus esforços na área da Educação, como Estados Unidos, Inglaterra, França ou Alemanha. E isso quando já ocupamos a lista com pelo menos uma instituição, a USP, na edição de 2008 da pesquisa.

No Brasil ainda temos um longo caminho a percorrer. Temos o exemplo da rede Universia, patrocinada por um grande banco, e que faz um bom trabalho de parceria junto a mais de 250 universidades parceiras na divulgação e discussão dos mais variados temas. Temos também o exemplo de Jorge Paulo Lemann, banqueiro de sucesso e que fundou uma das melhores instituições de ensino para executivos, além de uma fundação com seu nome dedicada a bolsas de estudos tanto internacionais quanto para população de baixa renda.

E praticamente fica por aí. Conheça aqui na Voz do Cidadão a lista completa das 200 melhores universidades do mundo e vamos refletir sobre o quanto nossas elites ainda estão “devendo” ao Brasil com relação ao desenvolvimento de uma cultura de plena cidadania.

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