Relatório ABPI: Consumidores de produtos piratas estão cada vez mais jovens

Relatório divulgado no final do mês passado pela ABPI-Associação Brasileira da Propriedade Intelectual traz uma pesquisa bastante preocupante para a luta da cidadania: nossos jovens estão cada vez mais consumindo produtos piratas.

Segundo a pesquisa Fecomércio-RJ-Ipsos “Pirataria: Radiografia do Consumo”, nada menos do que quarenta e dois por cento da população brasileira afirmou ter comprado produtos piratas ao longo do ano passado. O levantamento mostra que quanto mais jovem, maiores as chances de que alguém compre produto falso: 67% dos que têm de 16 a 24 anos disseram ter comprado algo pirata, proporção que cai para 51% entre os de 25 a 34, 43% entre os de 35 a 44, 21% entre os de 45 a 59 e só 13 entre os que têm 60 anos ou mais. Isso mostra que os que substituirão as gerações mais idosas tendem a aumentar a proporção total da população que compra produtos falsificados.

Nas faixas de escolaridade o quadro piora. Quanto mais elevada a escolaridade, maior a incidência de compra de piratas. Entre os que têm o grau superior completo ou incompleto, 56% afirmaram ter comprado produtos piratas. Entre os de escolaridade mais baixa essa proporção é de 26%. No quesito justificativa para a compra, o preço mais baixo foi a opção mencionada em 93% das respostas.

Preocupados com a perspectiva de uma série de gerações de brasileiros acostumados com a pirataria e a ilegalidade, a Câmara Americana de Comércio, a Abes-Associação Brasileira de Softwares, a Business Software Alliance (BSA), Abiótica (Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Óticos) e MPA (Motion Pictures Association), dentre outras entidades, lançaram, em São Paulo, o Projeto Escola. Nele, alunos da rede pública estadual vão receber aulas sobre combate à pirataria. Na primeira fase, professores e diretores assistirão palestras sobre propriedade intelectual. Depois será a vez dos estudantes participarem, exercitando o conteúdo por meio de redações, peças de teatro, letras de músicas e outras atividades. A idéia é alertar educadores e responsáveis sobre os problemas ligados à pirataria, e, ao mesmo tempo, promover atividades de conscientização para pais e alunos. Uma iniciativa que a cidadania só tem a aplaudir. E, desde já, fica a sugestão para que governos de outros Estados se engajem nessa luta.

Aqui na Voz do Cidadão, vocês podem baixar a íntegra da pesquisa da Fecomércio-RJ, “Pirataria: Radiografia do Consumo”. Além disso, vocês têm links com acesso direto aos portais da própria Fecomércio-RJ e também da ABPI.

Acessem e conheçam!

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