O Índice do Bom País

ouvirBoa noite ouvintes do Panorama! Como vocês sabem, volta e meia são divulgados nos noticiários, alguns números, estatísticas ou mesmo pesquisas que buscam traçar um perfil comparativo entre países. Esses dados acabam colocando os países em rankings, quase como se estivessem competindo entre si.

Mas, se quisermos mesmo transformar o mundo e as relações entre países, a perspectiva tem que ser outra. E é justamente isso que um pesquisador americano está propondo.

O consultor político britânico Simon Anholt tem trabalhado com diversas organizações multilaterais, dentre elas as Nações Unidas, e a sua mais recente pesquisa acaba de ser divulgada. O trabalho “Índice do Bom País” tem por objetivo começar uma discussão global sobre como os países podem equilibrar seus deveres para com seus próprios cidadãos com a sua responsabilidade para o resto do mundo. Ou seja, quais os países que estão realmente tendo um verdadeiro comportamento de cidadania planetária.

Segundo o consultor, o termo ‘bom’ é aplicado para se referir a nações que mais contribuem para o bem comum do planeta e o que tiram dele. Assim, ‘bom’ tem o sentido de “generoso”, sendo o oposto de ‘egoísta’ e não apenas de ‘ruim’. Foram avaliados 125 países através de sete categorias principais: Ciência e Tecnologia, Cultura, Paz e Segurança Internacional, Ordem Mundial, Clima e Planeta, Prosperidade e Igualdade, e, por último, Saúde e Bem Estar.

O país que melhor preencheu os requisitos foi a Irlanda, seguida da Finlândia e da Suíça. Vale observar que estes três sempre estão no topo das listas de Índice de Desenvolvimento Humano, o que vem mostrar que pensar não apenas em si mesmo, mas também nos outros, são faces de uma mesma moeda.

Nosso Brasil não foi muito bem na lista. No universo de 125 países, ocupamos a posição de número 49, atrás de países bem menos favorecidos, como o Quênia, a Grécia e a Namíbia, só para citar alguns. Mas nem tudo foi decepção. No item “Clima e Planeta” ocupamos a quinta posição, mostrando uma real preocupação nossa com as questões globais de meio ambiente e sustentabilidade.

A maior surpresa da lista ficou por conta dos Estados Unidos, que ocupa apenas a vigésima primeira posição apesar de ser a maior potência econômica do planeta. Isso se deveu à baixa pontuação no item “Paz e Segurança Internacional”, que avalia o número de tropas cedidas para missões de paz e contribuição financeira para operações de paz, além da participação em conflitos internacionais violentos e na exportação de armas.

Vale a pena dar uma conferida nos números do “Índice do Bom País”, aqui no www.avozdocidadao.com.br. E não vamos nos esquecer que este também é um bom tema de discussão entre os candidatos às eleições de outubro, principalmente aqueles para cargos de ação nacional, como presidente da República, deputados federais e senadores. O quanto o nosso Brasil pode ainda contribuir para um planeta melhor para todos? Pensem nisso.

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