Californianos rejeitam propostas de aumento de impostos
Foi divulgada esta semana na mídia uma notícia que é uma verdadeira aula de cidadania, um bom exemplo de como funciona um governo que sabe que, se o poder emana do povo, é em benefício dele que deve ser direcionado.
Semana passada, os cidadãos do estado americano da Califórnia rejeitaram nas urnas a maioria das medidas propostas para aumentar os impostos e reduzir o déficit fiscal estadual – um valor perto de 40 bilhões de dólares. As propostas do governador Arnold Schwarzenegger – que incluíam aumentar os impostos ao consumidor, sobre o faturamento e sobre os veículos – foram rejeitadas por 70% dos votantes.
Detalhe: a única proposta aprovada no plebiscito foi a de congelar o salário dos parlamentares – e por uma boa maioria: 75% dos votos.
E diante deste exemplo de respeito aos cidadãos, já recebemos aqui na Voz do Cidadão algumas mensagens querendo que a prática de plebiscitos sobre aumento de impostos também sejam realidade nos Estados brasileiros.
É bem verdade que a prática de plebiscitos e de consultas públicas, embora muito pouco freqüentes, já existem também no Brasil. Vocês devem estar lembrados por exemplo do plebiscito sobre o desarmamento, em 2005, ou as audiências públicas sobre as pesquisas com células-tronco dois anos atrás.
Mas para cuidar de uma verdadeira fúria arrecadatória que temos hoje, nem o Executivo, nem o Legislativo se preocupam em consultar os mais interessados: nós, os cidadãos pagadores de impostos.
E vocês, ouvintes aqui do Quintal? Num país que arrecada mais de um trilhão de reais em impostos, taxas e contribuições, o que acha desse amontoado de “garfadas” em nosso bolso?
Manifeste-se aqui no Mural da Voz do Cidadão e vamos fazer nossos políticos pensarem um pouco mais em quem é o verdadeiro dono de seus mandatos: se são eles, os eleitos de sempre à custa da demagogia, ou nós os cidadãos conscientes e pagadores de impostos. Aliás vamos nos atentar para o fato de que no mundo todo o cidadão por excelência é o pagador de impostos, e não o contribuinte ou o voluntário.
Participe!