15 de setembro – Dia Internacional da Democracia

ouvirEm plena época de “festa da democracia”, como dizem por aí, uma das datas mais importantes para a cidadania passou completamente despercebida pela grande mídia, governos e até grande parte do terceiro setor. Nesta quarta-feira, dia 15 de setembro, foi comemorado o Dia Internacional da Democracia. Você viu ou leu alguma coisa sobre isso? Pois é, nem nós aqui da Voz do Cidadão.

Em 2007, a Organização das Nações Unidas, a ONU, lançou uma campanha para incentivar governos a fortalecer programas nacionais dedicados à promoção e consolidação das instituições da Democracia. Naquela ocasião, decidiu também que o dia 15 de setembro de cada ano passaria a ser considerado o Dia Internacional da Democracia.

Infelizmente ainda temos pouca consciência de valores humanistas como a vida, a liberdade, a legalidade e a propriedade. E aí não é de se espantar que também não seja dado o devido valor à Democracia.

Isso tem a ver com o que chamamos de distorção, ou melhor, corrupção dos valores, e que se revela no desvio ou mau uso do dinheiro público, do desperdício e depredação de bens públicos e do roubo puro e simples dos impostos que poderiam ser fonte de recursos suficientes para que nenhum brasileiro seja miserável e que todos tenham acesso a educação e saúde básicas.

Mas o que consideramos “corrupção dos valores”? Ela começa na nossa falta de conhecimento sobre temas fundamentais para a verdadeira cidadania como ética pública, organização e participação política do cidadão e controle social sobre os orçamentos públicos. E principalmente a consciência das diferenças entre democracia e demagogia, Estado e governos, justiça e justiça social, dignidade e assistencialismo, e por aí vai.

Em parte, isso acontece porque esses temas relativos à cidadania foram retirados da grade curricular dos ensinos públicos Fundamental e Médio, criando gerações de brasileiros que até ouviram falar de cidadania mas não sabem exatamente o que é, qual a sua importância e qual a responsabilidade de cada um de nós para as suas garantias legais.

É dever de cada um de nós – e também do Estado através de políticas públicas de educação para a cidadania – ensinar a nossos filhos que não existe a possibilidade de uma democracia forte, justa e perene sem que haja uma consciência de cidadania e de nossos deveres enquanto cidadãos eleitores e pagadores de impostos.

Sem isso, continuaremos achando que cidadania é apenas comparecer às urnas a cada dois anos para votar – e nos próximos anos nos esquecer até mesmo em quem votamos! E que o dia 15 de setembro é um dia como outro qualquer. Pensem nisso e passem esse recado para a sua lista de amigos.

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