The Economist: Brasil começa a entregar o que sempre prometeu

Duas semanas atrás, a revista The Economist publicou um amplo painel sobre o nosso país, numa reportagem especial do jornalista e editor-chefe para o Brasil, John Prideaux.

Segundo a revista inglesa, nosso país começa a se destacar no cenário internacional. Logo na abertura, John resume de forma magistral o que está acontecendo com o país e por que passou a ser o centro das atenções dos grandes centros do mundo. Para ele, o “Brasil sempre foi promessa, mas agora está começando a entregar o que prometeu ao resto do mundo” .

Após uma breve descrição das sucessivas crises que vivenciamos desde o choque do petróleo em 1973, a revista analisa as condições que se formaram para o potencial sucesso do país, como a entrada de capital estrangeiro, a excepcional capacidade gerencial das nossas grandes empresas, a saída da miséria de quase 50 milhões de pessoas através do Bolsa Família e a formação de um dos maiores mercados internos do mundo, dentre outros.

Mas o que faltou nesta excelente visão inglesa sobre a economia e as condições sociais de nosso país é exatamente a sua relação com os nossos costumes políticos. E aqui chegamos a uma curiosa ironia, a fragilidade de nossas instituições republicanas, feitas apenas “para inglês ver”, poderão ser na verdade o grande obstáculo para nossa inserção internacional.

Como disse recentemente nosso maior intérprete, o professor José Murilo de Carvalho: “a República tem se democratizado política e socialmente. A lamentar apenas que ela tenha avançado menos do que a democracia. A inclusão democrática para se consolidar exige o bom governo republicano, eficaz, transparente e ético. A ambição de se projetar no cenário internacional, que poderá ser o marco do país no século XXI, dependerá, para seu êxito, de nossa capacidade de construir instituições políticas respeitáveis no país e no exterior. Elas ainda são nossos pés de barro.

Vale a pena conferir aqui na Voz do Cidadão um link direto para o site da revista The Economist, com a primeira parte completa do painel.

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