Flamengo – A Voz do Cidadão https://www.avozdocidadao.com.br Instituto de Cultura de Cidadania Fri, 29 Nov 2019 13:17:10 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 163895923 Futebol e cidadania – com a vitória do Flamengo começa a cair a ficha sobre a importância da gestão para a política. Veja artigo da Folha de SP de Francisco Soares Brandão! https://www.avozdocidadao.com.br/futebol-e-cidadania-com-a-vitoria-do-flamengo-comeca-a-cair-a-ficha-sobre-a-importancia-da-gestao-para-a-politica-veja-artigo-da-folha-de-sp-de-francisco-soares-brandao/ https://www.avozdocidadao.com.br/futebol-e-cidadania-com-a-vitoria-do-flamengo-comeca-a-cair-a-ficha-sobre-a-importancia-da-gestao-para-a-politica-veja-artigo-da-folha-de-sp-de-francisco-soares-brandao/#respond Fri, 29 Nov 2019 13:16:52 +0000 https://www.avozdocidadao.com.br/?p=39677 Paz política e boa gestão

Francisco Soares Brandão

Depois que o Flamengo conquistou a Libertadores da América, elogiar não chega a ser tão difícil ou arriscado, não é? Mas nenhuma das ações que culminaram na conquista era óbvia por si. A contratação do treinador foi polêmica. Cada um dos jogadores arregimentados carregava uma ou mais de uma dúvida no currículo recente. Decidir na gestão é correr riscos. No fim deu certo, mas e se não tivesse dado?

O importante é que o clube escolheu um caminho e perseverou nele. A caminhada começou lá atrás, quando finalmente a direção rubronegra tomou a decisão de dar um jeito nas finanças. Isso implicava não apenas reduzir despesas, mas encontrar fontes de renda permanentes e crescentes. Só cortar não resolve, sabe-se desde a piada do cavalo que estava quase aprendendo a sobreviver sem comer quando, infelizmente, morreu.

Hoje o Flamengo reduziu e estruturou sua dívida, e em consequência ela deixou de estrangular o clube, e principalmente o futebol. Que enfim pôde respirar e vem dando retornos à altura, a começar do Maracanã lotado em todos os jogos, além da exploração maciça e competente da marca. E a nave vai, com despesas controladas e mecanismos saudáveis de crescimento da receita, sem precisar vender a janta para garantir o almoço. 

Pensei estes dias na trajetória do Flamengo nos anos recentes e matutei comigo mesmo: será que o Brasil não está precisando exatamente disso? De uma gestão que saiba controlar a despesa mas que também consiga fazer crescer a receita de maneira saudável? E como fazer? Espelhando-nos no Flamengo, é preciso escolher uma linha de trabalho e escalar gente que acredite no plano e seja capaz de tirar as boas ideias do papel.

Outro aspecto essencial é a união. Disputas políticas são normais, mas o limite delas deveria ser o bem comum. Sei que poder parecer, e ser, meio ingênuo, mas paciência. Sem um mínimo de coesão política não há organização, instituição, município, estado, empresa ou país que consiga atingir os objetivos. Sei que as últimas administrações do Flamengo vêm conseguindo um grau importante de paz política. Os resultados estão aí.

E o momento é favorável. Depois de muito tempo, o Brasil parece ter compreendido que o crescimento do emprego e da renda só virá pelas mãos da iniciativa privada. Entendeu também que sem controlar despesa o país não sai do buraco. E a equipe foi muito bem escalada pelo presidente. Trata-se agora de acreditar no plano e trabalhar pelos resultados. E não se deixar desanimar pelos obstáculos. Fazer como vem fazendo o meu Flamengo.

Paz política e boa gestão, conduzida por gente competente e compromissada. E orientada a resultados. Eis a receita. Os céticos dirão que no caso do Brasil é difícil, talvez inviável. Mas aqui vale a velha história do sujeito a quem não disseram que determinada meta era impossível de alcançar, e por não saber da impossibilidade ele foi lá e conseguiu fazer. 

Francisco Soares Brandão é empresário e sócio-fundador da FSB Comunicação

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Artigo – Do Globo: “Barroca irresponsabilidade”, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-globo-barroca-irresponsabilidade-por-jorge-maranhao/ https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-do-globo-barroca-irresponsabilidade-por-jorge-maranhao/#respond Sat, 02 Mar 2019 15:46:07 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30325

O Globo traz em sua edição de 11/02 um panorama devastador das dez maiores tragédias do país. O que atribui a negligência e impunidade generalizadas, mas sobretudo ao ineficiente sistema judiciário, um dos mais caros do mundo!

Mas penso que uma raiz cultural elucida melhor este gargalo civilizatório. A resiliência de nossa cultura barroquista de irresponsabilidade. Como diz a etimologia, irresponsabilidade é não responder pelos seus atos perante um dever moral ou lei existente. É querer se enganar de que atos não tem consequências, sobretudo atos de omissão!

E assim prosseguimos na cultura da farsa. Pois o que está em jogo hoje no Brasil, não é apenas a sucessão de catástrofes naturais, mas a resistência da cultura barroquista que rechaça qualquer iniciativa de precaução e prudência, predicados iluministas.

O que nos domina é a mentalidade barroquista, a cultura que consagra o paradoxo de que elaboramos tantas leis, normas e regulamentações quanto compulsivamente não as cumprimos. Que tudo é meio e processo infindos para não se chegar a nenhum fim. Como nas volutas, espirais, labirintos, trompe l’oeil e demais jogos de ideias, artimanhas da cultura barroquista.

É a certeza da impunidade como paradigma de conduta social, a compulsão de não encarar os problemas de frente e jogar para escanteio. Generalizar culpas, diluir responsabilidades, achar que podemos enganar a todos durante todo o tempo! Sofismar de que forças maiores da natureza nos justifica a inércia e nos isenta de iniciativas. A cultura da farsa barroquista entranhada na nossa alma!

Pois foi a impunidade da Vale em Mariana que a fez rescindir em Brumadinho! E insistir no rolo, no enrolar sem fim!

Todavia, uma boa notícia: o Brasil tem demonstrado nas ruas desde 2013 que está farto de torções e distorções barroquistas! E atingido agora na sua paixão nacional, o futebol, talvez tudo fique mais claro: a mudança política que queremos começa com a mudança de costumes dos cidadãos. Neste barroco país tropical, o maior time de futebol brasileiro pode nos proporcionar um oportuno aprendizado, algo mais para Zico do que para Romário!

Jorge Maranhão é escritor e autor de Destorcer o Brasil

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