Nessas eleições, a questão decisiva não apenas para a cidadania norte-americana, mas para a cidadania de todo o planeta é: queremos mais Estado ou menos Estado?
Acompanhando os debates e as estratégias de argumentação da campanha presidencial norte-americana fico perplexo com a ingenuidade retórica dos conservadores. Já se disse, aliás, que por argumentarem com lógica, acham que seus contendores progressistas se limitam a ela e prezam pelo princípio moral da admissão da verdade.
Desde 1988, quando ainda operava uma agência de propaganda especializada em estratégia de argumentação, assessorei alguns candidatos em campanhas eleitorais, o que me levou a escrever artigos em vários jornais e um livro sobre as experiências (Mídia e cidadania, Rio: Topbooks, 1993).
Nele, descrevo os oito quesitos essenciais para a formulação de uma estratégia de campanha bem-sucedida: o currículo do candidato, o objetivo do mandato, sua argumentação, seu histórico de vida pública, sua equipe, trânsito nacional e internacional nos vários setores sociais, suas crenças doutrinarias e o partido a que pertence.
Sendo que o primeiro quesito, até por isso colocado em primeiro lugar na lista, é o mais importante e determinante dos demais. Ou seja, antes de abrir a boca para argumentar, um candidato tem seu próprio ser como argumento. Argumento ético, do ethos, antes mesmo do argumento lógico, da razão, ou mesmo retórico, da persuasão.
Pois um candidato já diz muito de si na mera exposição de sua figura com a legenda de seu principal oficio independente mesmo do seu histórico político. Sobretudo entre candidatos com níveis de publicidade as mais diversas, quanto mais se diametralmente opostas, como no caso de Trump e Biden.
Somente depois de sua apresentação como sujeito é que se seguirão os atributos do que pensa, do que pretende fazer, na companhia de quem, segundo que princípios e crenças, adendos secundários diante da imagem mesma do candidato.
Tentar argumentar em sentido inverso, colocando os predicados antes do sujeito, é recurso retórico. Pois antes de saber o que pensa, o que pretende e no que crê, precisamos saber de quem se trata. Se não, estamos diante de uma clara artimanha para intimidar o contendor e jogar para a plateia. Especialidade, é claro, dos progressistas para intimidar os conservadores desde a hegemonia da retórica sofista no âmbito da democracia clássica grega, retomada nos tempos modernos.
Em termos clássicos, primeiro temos de saber do ethos do candidato para depois, então, procurarmos investigar e dar publicidade ao seu logos ou mesmo a seu pathos. Pois, em termos lógicos e não retóricos, o sujeito vem antes do predicado, o ser antes do saber, do agir ou do sofrer uma ação.
Vendo o debate de Trump com Biden, não me contive e mandei uma mensagem urgente e carregada nas tintas para a página de contatos de sua campanha na internet, chamando a sua atenção sobre o equívoco da estratégia de participar do debate dentro daquelas regras que só favorecem o candidato progressista independente da argumentação conservadora.
Pois se tratavam de escolhas de dez tópicos todos de interesse da argumentação progressista, democrata-populista, como: pandemia, obamacare, ativismo racial, violência policial, desemprego, comércio internacional, mudança climática, Oriente médio, relações com China, abortismo, casamento gay, votação a distância etc. Enfim, a política fatiada e servida em pedaços pela grande mídia notória adversária de Trump.
Temas que encobrem a radical diferença entre os ethos dos candidatos. Com exceção de um único momento, que não durou um minuto sequer, quando Trump resumiu em termos claros e precisos:
“Em 47 meses, fiz mais do que você fez em 47 anos”, disse Trump ao vice-presidente.
E isto, por que? Simplesmente por que se Trump é um homem de negócios que empreende, corre riscos, produz riqueza e empregos, Joe Biden nada mais é do que um velho burocrata e raposa política do establishment de Washington vivendo do poder, dos recursos públicos e das corporações sindicais e empresariais interessadas no poder.
E esta é a questão que está em jogo. A questão decisiva não apenas para a cidadania norte-americana, mas para a cidadania de todo o planeta: queremos mais Estado ou menos Estado? Pois empresários sempre vão lutar pela sua minoração, enquanto burocratas sempre lutarão pelo seu inchaço. Pura questão de sobrevivência. E tudo o mais é apenas firula, retórica progressista, democratismo populista, a famosa “degeneração da pólis”, como já denunciava Platão na República.
Como digo na mensagem enviada a campanha de Trump: “recomendo uma radical mudança na estratégia argumentativa, cujo foco deve ignorar supostos itens mais importantes do ‘cardápio do dia’ da mídia progressista e se limitar à radical diferença de perfil dos candidatos. Tão simples assim. Pois o resto nada mais é do que o transbordamento contorcionista de ornamentos barroquistas típicos dos progressistas, para iludir incautos”.
Se você, leitor, concordar, e tiver algum contato com alguém próximo a campanha de Trump, por favor passe a mensagem adiante. Por que uma campanha presidencial como a norte-americana é importante demais para ficar apenas nos votos de cidadãos norte-americanos e excluir os cidadãos de todo o planeta.
Mestre em filosofia pela UFRJ, dirige o Instituto de Cultura de Cidadania A Voz do Cidadão e autor de “Destorcer o Brasil. De sua cultura de torções, contorções e distorções barroquistas”. Email: [email protected]
Vejam a farsa da ingestão pública dos governantes brasileiros que só usam seus mandatos para atender aos interesses corporativos de seus grupos, familiares, igrejas e empresários, numa flagrante “ingestão” da máquina pública e “indigestão” do interesse público.
Uma elite farsante, tanto de políticos populistas que se elegem quanto de setores empresariais que os financiam. E segue o jogo de empurra: “O prédio irregular é recém construído (gestão Crivella) os restantes também são novos ( gestão Paes)”.
E aí? Não importa a gestão se todos levam grana dos “construtores” irregulares e o poder público reduz a zero seu poder de fiscalização de ilegalidades em face do interesse público!
E ao invés de shows midiáticos de solidariedade humanitária por parte de cidadãos de bem contra o show de barbaridades dos cidadãos do mal, o que cabe às verdadeiras elites da cidadania é denunciar a farsa de todas essas narrativas midiáticas.
Vejam o show de solidariedade do ceo da rede Cineápolis. Para além de sua conduta, deveria entender que toda empresa, antes mesmo de pensar nas pessoas, como ele defende, tem de pensar em não corromper qualquer agente público que deveria estar fiscalizando e multando “empresas” que transgridem leis e posturas municipais, causa única das enchentes, desmoronamentos e todas as catástrofes que assolam a sociedade. Vejam e concluam por si mesmos.
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A população brasileira apoia, veementemente e de forma irrestrita, o excelentíssimo procurador da república e coordenador da força tarefa da lava-jato (Deltan Dallagnol).
É notório o esforço do referido em questão e de sua equipe em prol de esclarecer o maior esquema de corrupção da história Brasileira, em meio a isto, foi noticiado que o atual presidente do STF (Dias Toffoli), solicitou apuração de uma possível “quebra de decoro” do procurador em questão.
Com as devidas vênias, nós não concordamos com tal atitude do presidente do STF, e solicitamos o arquivamento imediato de quaisquer investigações contra o procurador, pois entendemos que isso fere todo e qualquer incentivo ao combate à corrupção.
A réplica do referido procurador, ao nosso ver, não incorreu em quebra de decoro, ao contrário, foi super respeitosa e mostrou à população que de fato há algo que precisa ser reconsiderada nas decisões de vossas senhorias, pois os dados são explícitos, e portanto, o coordenador da lava jato não inventou nada, apenas como uma pessoa pública e que deve satisfações à população (assim como vossas excelências), reiterou os diversos habeas corpus concedidos a diversos investigados na operação lava jato e informou divergências proferidas pela segunda turma do STF.
Por fim, respeitosamente, frisamos que não há relação de parentesco ou qualquer relação de amizade com o procurador, ou tão pouco relação partidária, apenas estamos fazendo isso por entender que temos sim voz ativa na sociedade, e que vossas excelências trabalham para nós ( a população brasileira) e que jamais nos calaremos diante de uma possível injustiça com uma das pessoas mais importantes e atuantes no combate à corrupção.
Deixamos abaixo o link de uma das reportagens para melhor compreensão da tese que estamos a defender.
Cordialmente,
Cidadãos Brasileiros.
STF afronta a democracia
Brasil 29.11.18
O risco para a democracia não vem dos generais de Jair Bolsonaro, e sim dos ministros do STF, que manobram para garantir um salvo-conduto aos criminosos que fraudaram o voto elegendo-se com dinheiro roubado.
Ou o STF se emenda, ou haverá uma crise institucional.
Manifestação de um cidadão nas redes sociais:
“Está na hora de os movimentos patriotas cercarem o STF, com ovos e tomates…E as casas de Lewandowski, Gilmar, Toffoli, Marco Aurélio, para eles saberem o que é bom para a tosse! Não estão afrontando a democracia, mas a dignidade do país!
Todos sabem que o navio está afundando e como salvá-lo, mas se aferram a leis pias e bondosas, feitas por e para bandidos, interpretadas de acordo com os seus interesses, como Fux e o careca do STF, que votou para agradar quem o indicou, Temer, o homem do porto de Santos!
Pergunto-me: por que os generais que estão atualmente junto ao Temer, na cozinha do Palácio, lá continuam, no meio desses vergonhoso indulto? Por que não se exoneram, marcando uma inequívoca posição? Já lançaram o repto: é indulto ou insulto?
Corrupção é crime grave, pois não é apenas contra uma pessoa, mas para várias, pois é dinheiro que poderia ser aplicado em educação, saúde, segurança. Em viadutos que desabam….
Bolsonaro tem que jogar duro com o Congresso e STF. Criar uma crise institucional!!! Usar decretos-lei, medidas provisórias, cortar repasses, importunar, tirar essa gente da zona de conforto. Enfrentar! E o povo ir às ruas!!
Sinal dos tempos: Pezão ganhava até a 13ª propina!!!!!
Vamos às ruas!!!”
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