barroquismo brasileiro – A Voz do Cidadão https://www.avozdocidadao.com.br Instituto de Cultura de Cidadania Tue, 04 Jun 2019 18:31:18 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.5 163895923 Debate público – A melhor análise política sobre o conflito entre as áreas militar e ideológica do governo, por Leandro Ruschel https://www.avozdocidadao.com.br/debate-publico-a-melhor-analise-politica-sobre-o-conflito-entre-as-areas-militar-e-ideologica-do-governo-por-leandro-ruschel/ https://www.avozdocidadao.com.br/debate-publico-a-melhor-analise-politica-sobre-o-conflito-entre-as-areas-militar-e-ideologica-do-governo-por-leandro-ruschel/#respond Wed, 08 May 2019 18:20:40 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30567 Já que s extrema imprensa não analisa os fatos políticos de maneira isenta e toma partido apenas na perspectiva de seus interesses, avalie você mesmo a análise do comentarista independente Leandro Ruschel nas redes sociais! E compartilhe!

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Artigo – “60 dias de Bolsonaro”, por José Henrique Westphalen https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-60-dias-de-bolsonaro-por-jose-henrique-westphalen/ https://www.avozdocidadao.com.br/artigo-60-dias-de-bolsonaro-por-jose-henrique-westphalen/#respond Sat, 09 Mar 2019 16:18:48 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br/?p=30349 Para fazer uma analise séria, sem histerismo e click bait dos primeiros 60 dias de governo Bolsonaro, é preciso separar o que é governo (administração pública) e o que é a visão construída. Em resumo, o que é identidade e o que é imagem.
Para isso, vou usar uma metáfora que considero bem apropriada, quem assistiu a série do NetFlix, Strangers Things, vai compreender ainda melhor.
Na série, existe o mundo real e o “up side down”, que é o mundo invertido. O mundo invertido é sombrio e habitado por monstros, nele, a realidade é totalmente alterada.
Pois bem, o governo Bolsonaro nesses primeiros dois meses vive dois mundos: o real, e o mundo invertido.
No mundo real, o governo apresentou um plano para os 100 primeiros dias de governo, apresentou um pacote anti-crime, um projeto para a nova previdência, eliminou ministérios, cortou 21 mil CC’s,  cancelou licitações e contratos abusivos e está promovendo mecanismos de desburocratização, conceções e privatizações.
No mundo paralelo, há uma crise de governo por dia, a partir de declarações e pequenos atos de agentes do governo, que são transformados em “crises”, gerando uma histeria na extrema-imprensa e redes sociai. Uma frase do Mourão: crise de pensamento entre Bolsonaro e Mourão. Moro é mal interpretado ou comete um ato administrativo condenável (nomeação da Ilona Szabó), crise no Ministério da Justiça causa mal estar, e por ai vai.
Que crises são estas? Crise que não interfere uma vírgula no andamento do governo e da administração não é crise, é histeria disfarçada de crise. É o “up side down” da extrema-imprensa.
Chegamos ao limite do ex-presidente FHC afirmar que nunca viu um governo tão desastrado e um início tão desequilibrado sendo levado a sério.
Posto minha visão dos dois mundos que envolvem o governo, quero pontuar duas questões essenciais que ancoram esses 60 dias e são pontos críticos na análise.
  1. Sucessão presidencial: até hoje, desde a redemocratização, praticamente não houve sucessão presidencial, pois: o ministro FHC passou para o presidente FHC 1, que foi suscedido por FHC 2. Lula 1, recebeu de portas abertas do seu grande amigo FHC e, posteriormente entregou para Lula 2 e Dilma 1, que passou para Dilma 2 e teve continuidade com seu vice, Michel Temer. Ou seja, o atual governo Bolsonaro é o único que realmente é um novo governo, que vai totalmente de encontro aos governos passados.
        Além disso, é uma equipe praticamente sem experiência no Planalto, pouquíssimos Ministros tiveram experiência em ministérios e apenas alguns em Secretarias estaduais (são apenas 6 ministros com voto).
Então, dentro de um quadro técnico, construído sem influência partidária ou de caciques, é normal que haja um período de adaptação, tanto administrativa quanto de conduta. O que justifica alguns exageros ou omissões.
  1. Composições ministerial e maioria parlamentar: o ministério levou em consideração critérios técnicos e experiência nas áreas de atuação, prova disto, é ter 16 ministros que não possuem um voto sequer.
É importante frisar sobre a “falta de articulação política” do governo. Primeiro dizer que é uma bobagem afirmar que não existe articulação política, existe sim, e existe um novo entendimento de como fazer essa articulação. Deixe-me exemplificar brevemente:
        No livro, Diários da Presidência, FHC desenha como foi composto seu ministério, levando em consideração: partidos, poder estadual de cada legenda, magnitude estadual, caciques locais grupos políticos, ou seja, uma sofisticada engenharia de arranjo e acomodação de peças para compor ministérios e maioria na Câmara e Senado, ao preço de espaços políticos, cargos e poder.
O governo Bolsonaro está propondo uma articulação em cima de ideias, temas e pautas, não vinculando as aprovações à cargos, emendas e estatais. Ou seja, se antes você comprava deputados e senadores e a partir dai fazia seu cálculo de votos, hoje o governo precisa trabalhar no varejo e no convencimento.
Resumindo, está em curso uma construção política completamente nova e diferente de tudo que foi visto até agora.
Um governo que toca em uma frequência diferente, com ministros preparados, que não aceitam o jogo da imprensa, invertem as armadilhas e desfilam conhecimento e números. Uma visão de gestão na administração pública, com a digitalização do governo, criação de uma central de compras (somente na saúde, se estima 14 bilhões em economia), redução dos níveis hierárquicos e diminuições de cargos comissionados (na era petista chegou próximo a 120 mil).
Dentro do Plano dos 100 dias, questões como:
  1. Combate à fraudes no INSS com pagamento de bônus (meritocracia), podendo recuperar 10 bilhões.
  2. Isolamento de líderes das facções criminosas nos presídios.
  3. Reação imediata e eficiente no caso Brumadinho.
  4. Revisão da Lei Rouanet e contratos publicitários.
  5. Concessões e privatizações.
  6. 13º do Bolsa Família.
  7. Decreto das armas.
  8. Projeto piloto de dessanilização no nordeste entre outras.
Citei apenas alguns exemplos, envolvendo diferentes áreas do governo, para comprovar que no mundo real, no mundo administrativo, o governo vai muito bem, obrigado.
Outra questão posta nestes 60 dias, é o resultado da pesquisa de avalição do governo, amplamente divulgada como ruim para o Planalto. Contudo, observe a diferença entre o mundo invertido e o mundo real nesta narrativa.
  1. Avaliação do governo, 38%.
  2. Avaliação do presidente 57%.
Como pode o presidente ser bem avaliado e o governo não? Uma coisa é indissociável da outra.
Simples. Como a extrema-imprensa bate diariamente, 24 horas por dia no governo, gera na opinião pública uma sensação de que o governo não alinhou, mas que o presidente possui capacidade para ajustar.
Dessa forma, se a população tivesse acesso aos dados que trago neste texto, tivesse sido informada sem viés, ao longos desses dois meses, certamente a avaliação estaria acima dos 60, 70%.
Infelizmente, conviveremos 4 anos entre dois mundos. O mundo invertido da extrema imprensa e o mundo real do governo e dos brasileiros.
José Henrique Westphalen.

Conheça o canal do cientista político José Henrique Westphalen no YouTube.

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Cultura de cidadania – ABL inaugura o ciclo sobre “O barroquismo brasileiro” hoje as 17:30h https://www.avozdocidadao.com.br/cultura-de-cidadania-abl-inaugura-o-ciclo-sobre-o-barroquismo-brasileiro-hoje-as-1730h/ https://www.avozdocidadao.com.br/cultura-de-cidadania-abl-inaugura-o-ciclo-sobre-o-barroquismo-brasileiro-hoje-as-1730h/#respond Thu, 01 Nov 2018 15:38:36 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br//?p=29673 Coordenado pelo jornalista e acadêmico Merval Pereira, o ciclo se inicia hoje e pode ser acompanhado por transmissão ao vivo online no site da própria Academia.

http://academia.org.br

Veja matéria completa em https://oglobo.globo.com/cultura/ciclo-da-academia-brasileira-de-letras-debate-barroquismo-23200392 

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Artigos – Do Diário do Comércio de São Paulo: “Mas vem cá! E aí?”, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/artigos-do-diario-do-comercio-de-sao-paulo-mas-vem-ca-e-ai-por-jorge-maranhao/ https://www.avozdocidadao.com.br/artigos-do-diario-do-comercio-de-sao-paulo-mas-vem-ca-e-ai-por-jorge-maranhao/#respond Thu, 26 Jul 2018 13:25:03 +0000 http://www.avozdocidadao.com.br//?p=28836 São Paulo, 4 de julho de 2018

Duas notícias recentes de fatos de nossa vida política que mais parecem ficção: o presidiário Lula questiona na Justiça se não pode fazer campanha de pré-candidato de dentro da própria cela. Penso com meus botões: tem cabimento?

Ou, na segunda notícia, faz sentido o Supremo determinar um deputado presidiário, que daqui a pouco já será uma bancada tenha o direito a despachar durante o dia no Congresso e se recolher ao seu domicílio na Papuda à noite? 

Notícias que remetem a outros casos esdrúxulos de nosso Supremo Jeitinho. Como o do ex-presidente do Senado que, por ser réu e não querer abandonar o cargo, teve declarada suspensa pelo Supremo “apenas” a sua intrínseca prerrogativa de sucessão à Presidência da República.

Ou uma ex-presidente, cassada por crime contra a administração pública, que manteve seus plenos direitos políticos e agora é candidata ao Senado.  

A instituição maior do Judiciário está caindo de podre. Perdeu totalmente a dignidade e o respeito da cidadania brasileira. Basta entrar em qualquer rede social, milhares de memes fazem chacota com o Excelso Pretório.  

Como já disse Nelson Rodrigues, “subdesenvolvimento não se improvisa; é obra de séculos”. Toda vez que na política brasileira aparecer algo estranho, grotesco como uma pérola barroca, ou a dita jabuticaba que só existe no Brasil, pergunte se passou pelo crivo do simples bom-senso do cidadão comum. E se teria cabimento em qualquer outro país do mundo.  

Se o caso em exame ofender o princípio básico da razoabilidade do direito civil, o mais abrangente de todos os direitos desde o Corpus Iuris Civilis justiniano, ou o senso comum da chamada tradição dos usos e costumes de qualquer comunidade, não tenha dúvida de que você está diante de um barroquismo cultural, uma torção ou distorção típica da retórica barroca, que deve ser imediatamente questionada.   

Há explicações a dar com o pau para nossas mazelas, de ordem histórica, política, econômica, social e o escambau. Mas sou dos que apostam nas razões mais profundas de nossas origens culturais.

Em todos os campos da atividade humana, podemos ser razoáveis ou desrazoáveis. Depende da permissão social da cultura dominante.

Como defendo que a nossa alma coletiva ainda é barroquista, ou encharcada de seus resquícios, disto decorre sermos retóricos, darmos nó em pingo d’água, abusarmos dos supostos direitos sem qualquer contrapartida de dever moral, cívico ou político.  

É a distorção da realidade do senso comum para justificar um interesse escuso, a torção do interesse público para escamotear um interesse privado, a apologia da farsa e da burla como fato costumeiro e natural, o abuso das figuras de retórica, que tem sido a prevalência da cultura barroquista da torção, contorção e distorção da realidade, tomada como insuportável pelo nosso desejo frustrado de resistir à evidência e à convivência com o outro.  

Depois de quatro séculos ainda presos ao labirinto barroquista, que dominou e perdurou em nossa cultura sem a necessária contraposição iluminista, estamos ficando exaustos da desrazão geral, esgotados da insensatez cotidiana, emergindo em nossas consciências pelo trabalho diário e incansável de nossos jornalistas, que, para se contrapor ao sanatório geral de nossos governantes, insistem em perguntar: – mas, vem cá! E aí?!  

A ausência da dialética clássico-barroca em nossas terras – não apenas por impossibilidade histórica, mas pela vicissitude da negligência e omissão cívico-política de nossas elites – foi de arrasar! Só restou o bla-bla-blá, o nhem-nhem-nhém, a que se refere a imprensa com frequência.  

Esta, a pergunta que todos os agentes de cidadania estão a responder nas redes sociais a partir de uma simples questão: – E aí? Sempre na perspectiva de uma proposta para sanar uma distorção de política pública que tenta escamotear um interesse privado.

Pois, para argumentar para um público desconhecido, estando em jogo nossa autoestima básica, sobre fato de nosso pleno domínio, todos acabamos forçados a ser apenas razoáveis. Pois um novo paradigma se apresenta para além da campanha global “do Brasil que eu quero para o futuro”: o Brasil que eu posso ajudar a construir hoje. 

Pois vamos aos vídeos, cidadãos! 

*As opiniões expressas em artigos são de exclusiva responsabilidade dos autores e não coincidem, necessariamente, com as do Diário do Comércio 


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