Artigos Jorge Maranhão – A Voz do Cidadão https://www.avozdocidadao.com.br Instituto de Cultura de Cidadania Fri, 16 Sep 2022 19:55:35 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.2.8 Do DCSP: “Os auto-enganos do Curupira”, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/do-dcsp-os-auto-enganos-do-curupira-por-jorge-maranhao/ https://www.avozdocidadao.com.br/do-dcsp-os-auto-enganos-do-curupira-por-jorge-maranhao/#respond Fri, 16 Sep 2022 19:48:43 +0000 https://www.avozdocidadao.com.br/?p=40004 No Brasil, nunca houve oposição verdadeira entre as esquerdas veganas e carnívoras que devoravam os governos e desgovernos

Jorge Maranhão14/Set/2022

Não sei o que é pior, se a esquerdalha ensandecida ou os socialdemocratas ditos de centro, coniventes e omissos diante das esquerdas e seus desvarios! Portanto, paremos de nos enganar como o país dos curupiras de pés retorcidos que, de tanto enganarem os outros, acabam por enganar a si mesmos.

No Brasil, nunca houve oposição verdadeira entre as esquerdas veganas e carnívoras que devoravam os governos e desgovernos, aparelhando empresas e instituições desta incauta e infelicitada nação.

A verdadeira oposição entre a recente aliança de conservadores e liberais liderada pelo atual presidente e o rodízio das carcomidas esquerdas fingindo-se de oposição no teatro das tesouras nacional é a grande e verdadeira novidade de nossa cultura política barroquista, a verdadeira terceira via contra a curupiragem geral de nossa subcultura política.

Eis a causa desse mal-estar entre os participantes do grande e silencioso conluio de agentes mamadores das tetas do tesouro, desmamados pelo atual presidente. E nunca é demais listá-los:

  1. Políticos corruptos intermediadores de verbas públicas;
  2. Grandes grupos de mídia da extrema imprensa viciados em gordas verbas publicitárias estatais;
  3. Reitores e diretores de departamentos das universidades públicas com autonomia de gestão e desperdício dos recursos da educação devolvendo para a sociedade um dos piores índice de qualidade do mundo;
  4. Artistas pejotizados da Globolixo viciados em subsídios da lei Rouanet;
  5. Alta burocracia das autarquias federais, da alta magistratura e do Parquet viciadas em penduricalhos e que não prestam contas de desempenho a ninguém;
  6. Ativistas de viés esquerdista da alta magistratura e do ministério público fazendo “justiça social” com as próprias sentenças e denúncias;
  7. Grandes banqueiros rentistas da dívida pública e oligopolistas na extorsão do crédito privado dos segmentos de baixa renda;
  8. Grandes empresas campeãs-nacionais, fornecedoras de serviços públicos e frequentadoras dos subsídios do BNDES;
  9. Ongs nacionais e internacionais exploradoras políticas de ambientalismo, globalismo e tuteladoras dos povos indígenas;
  10. Ongs de direitos humanos ativistas da desconstrução dos valores da família, ativistas de ideologias de gênero, abortistas e relativistas morais.

Por isto é que já é corrente nas redes sociais a reflexão de que a polarização não é apenas político-eleitoral, mas político-cultural. Civilizacional até! Pois, se trata de definir de uma vez por todas o caráter nacional, o que a maioria quer ser em face do pior legado possível dos sucessivos mitos de vagabundagem, malandragem, engodo e engano de Macunaíma, Jeca Tatu e de Curupira, respectivamente.

E para refletir sobre a ironia barroquista de nossa subcultura política ter chegado ao ápice de uma história em quadrinhos, com todas as farsas, ciladas e armadilhas dos bandidos contra o mocinho, temos até um Capitão para nos liderar nesta batalha.

Trata-se de uma inflexão cultural nunca vista na história brasileira, desde que fingiram trocar um imperador por um dito republicano. Deu no que deu: o imperador era mais republicano do que o próprio republicano de araque! Agora, acordamos para trocar os mitos e lendas da esperteza, da farsa e da fraude, pelo ideal da correção e disciplina! Um vagabundo por um Capitão! A maior inflexão do incipiente Iluminismo do Império brasileiro carcomido pelo cupim do ancestral e resiliente barroquismo colonial!

E tudo isto pelo orgulho ferido de lideranças empresariais, artistas globais, acadêmicos esquerdistas e jornalistas militantes, lagostíssimos sinistros e operadores da justiça parciais, mínima parcela da população, mas com o poder de repercutir seu puro preconceito social contra a larga maioria de cidadãos de fé apoiadores do Capitão, sem acesso à mídia e aos aparelhos do Estado ainda dominados pelos desmamados das tetas do tesouro nacional!

Todavia, duas insignes mulheres brasileiras, que não se omitem do debate público, mataram essa charada. Janaína Paschoal e Bruna Torlay. A primeira, professora de direito, atual deputada estadual por São Paulo, quando denuncia a manobra barroquista do sinistro Fachin na descondenação do Lularápio por não ver qualquer outro político com chances reais de se defrontar contra a popularidade do Capitão.

A segunda, professora de filosofia clássica, quando denuncia o orgulho ferido da social-democracia de punho-de-rendas, viciada nos recursos do tesouro nacional e nos recursos retóricos do “centro democrático”, a posar de isentona diante dos “extremos”, dona da “razão de Estado”, por não ter previsto, enfim, a sede de participação política dos conservadores em aliança com os liberais, todos recém-saídos do armário. E neste caso, também podemos listar quem são:

  1. Profissionais liberais, pequenos comerciantes e pequenos industriais cansados de arcar com uma carga fiscal pesada e injusta para alimentar a corrupção dos políticos;
  2. Produtores rurais desde a pequena empresa da agricultura familiar até as grandes corporações multinacionais do agrobusiness frequentemente invadidas pelo MST;
  3. Pais de família que repudiam a doutrinação ideológica de gênero, raça e credo dos estabelecimentos educacionais controlados por esquerdistas;
  4. Cidadãos dedicados à sua fé religiosa e à conservação dos valores morais da tradição judaico-cristã;
  5. Ativistas sociais dos direitos fundamentais dos cidadãos como liberdade de ir e vir, de expressão e opinião;
  6. Intelectuais independentes e críticos da dominação dos cargos das universidades públicas por militantes da esquerda hard ou soft;
  7. Militares e agentes de segurança pública preocupados com a destruição dos valores morais praticadas por organizações políticas de esquerda em aliança com as organizações do narcotráfico;
  8. Juristas, advogados e membros do poder judiciário preocupados com a perenidade e o desgaste da credibilidade pública das instituições da justiça;
  9. Novos políticos lutadores pela reforma política e pela mudança da cultura política brasileira para que mais representem os interesses dos cidadãos eleitores do que os seus próprios;
  10. Jornalistas e artistas independentes operadores de uma mídia alternativa e das redes sociais, críticos do enviesamento ideológico da informação pública e das artes em geral.

Desta feita, os dados estão lançados: mais do que uma eleição, estamos a escolher o próprio caráter nacional pelo qual queremos ser reconhecidos, a própria cultura dominante sob a qual queremos viver, se da razoabilidade e prudência iluministas na condução do interesse público ou da cultura barroquista de enganação e curupiragem geral que já estamos fartos de conhecer.

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Dever cívico – para o Diário de Comércio de São Paulo, “O por que de 15 de março”, por Jorge Maranhão https://www.avozdocidadao.com.br/dever-civico-para-o-diario-de-comercio-de-sao-paulo-o-por-que-de-15-de-marco-por-jorge-maranhao/ https://www.avozdocidadao.com.br/dever-civico-para-o-diario-de-comercio-de-sao-paulo-o-por-que-de-15-de-marco-por-jorge-maranhao/#respond Fri, 13 Mar 2020 12:57:53 +0000 https://www.avozdocidadao.com.br/?p=39790 Publicado no DCSP em 12/03/20

Há várias versões sobre os motivos da manutenção das manifestações do próximo 15 de março circulando nas redes sociais. Alguns dizem que seria o caso de uma desmobilização da convocação pois uma das principais razões teria sido a ameaça de derrubada do veto presidencial ao abuso do orçamento impositivo de parlamentares, o que acabou não acontecendo por um acordo dos chefes dos poderes.

A outra é a acusação de má-fé de parlamentares da bancada de prontuários e da extrema-imprensa de que os bolsonaristas estão indo as ruas defender o fechamento do Congresso, a intervenção militar e até mesmo a reedição do AI 5! Não fosse a compulsão por torções e distorções barroquistas a maníaca retórica do esquerdismo, herdeiro preferencial e inescapável do barroquismo mental brasileiro.

Que me desculpem os jornalistas enviesados no esquerdismo renitente da sonsa socialdemocracia nacional à busca desesperada e delirante de um candidato presidencial do “centrão” para tentar justificar sua infantil acusação de extrema-direita ao atual presidente.

Mas a convocação das manifestações é de apoio ao Executivo para que cumpra seus compromissos eleitorais de reformar a cultura política brasileira! Jamais de reedição de AI-5, fechamento do Congresso e intervenção militar! Isto é mais uma figura de hipérbole típica de nosso barroquismo mental!

Vivem a fazer estardalhaço de pronunciamentos fortuitos e infelizes do presidente como se isto fosse razão suficiente para lhe questionar a autoridade, além do blablabá do desrespeito à liturgia do cargo e outras quinquilharias.

E questionam os apoiadores do presidente com a lenda urbana dos seguidores do “ideólogo” e “guru” Olavo de Carvalho, do conservadorismo de costumes da bancada dos religiosos e da ameaça de radicalização de alguns dos generais recrutados para o governo. Mas em nenhum momento sequer reconhecem que foi Bolsonaro que nos garantiu uma alternativa contra a destruição do país patrocinada pelo PT e seus quadrilheiros associados aos mais nefastos políticos fisiológicos.

Não. Em nenhum momento dão crédito ao discernimento dos quase 60 milhões de cidadãos eleitores que condenaram a roubalheira de governos esquerdistas no Brasil e resolveram tirar a direita do armário para afirmar uma política conservadora no país e uma real alternância de poderes.

Ao contrário, buscam sabotar diariamente a autoridade presidencial com as mesmas “denúncias” requentadas de sempre: a intriga das rachadinhas de gabinete, o destempero verbal e gestual do presidente, alardes sensacionalistas de destruição da floresta amazônica, perseguição a grupelhos de direitos “dos manos”, eventuais ligações com grupos de milicianos, subserviência aos interesses dos EUA, etc etc

Se não podem defender Lula com seu robusto prontuário criminal, chegam ao cinismo de dizer que a Dilma não roubou. O que parece até chacota com o discernimento e o amadurecimento que a cidadania brasileira tem demonstrado ao longo dos últimos anos.

Quando todos sabemos que a ex-presidanta fez pior do que roubar: deixou roubar para o partido e seus apaniguados, dilapidou recursos públicos financiando ditaduras esquerdistas e sanguinárias, favoreceu oligopólios, hostilizou investidores, arruinou empresas públicas, ignorou as leis fiscais, produziu desemprego em massa, enfim, avalizou uma alegada “nova matriz econômica” que quebrou o país!

E ainda querem comparar com rachadinhas. Tenho dito que o problema da esquerda é que não tem senso de proporção! Herança de um barroquismo mental resiliente, maníaco-depressivo e desatinado! Escrevi um livro para demonstrar o legado de nosso barroquismo mental presente até os dias de hoje na retórica oca dos esquerdistas e desafiei-os a contestar a tese, o que nunca fizeram pela absoluta ausência de argumentos! No lugar de um debate em nível adequado, preferem repetir tuítes e memes das redes sociais.

Quando 15 de março nada mais é do que mais uma demonstração da nova cultura cívica nacional que ratifica a cada evento a convicção de que a maioria dos brasileiros está determinada a mudar a cultura política brasileira e escorraçar a parte mais podre, exatamente do centrão que a extrema-imprensa tanto defende.

A manutenção da convocação se faz necessária exatamente pela instabilidade que agentes provocadores do esquerdismo latino-americano, aliados aos especuladores dos mercados internacionais, com crise de pandemia e guerra de preços do petróleo, provocam pela perda de poder político e a crescente ascensão dos chamados neocons em todo o mundo.

O ressentimento de bancada dos prontuários formada pelo centrão é inesgotável pois se trata de sua própria sobrevivência política desde o fim   da cultura de “coalizão” promovida pelos governos hegemônicos esquerdistas com os mais fisiológicos políticos desde a retirada dos militares para os quartéis.   

E não foi por acaso que um dos generais tidos como um dos mais prudentes, o general Heleno, foi quem expressou a maior razão para as manifestações com um curto e grosso “f…-se”. Referindo-se à perene chantagem que a bancada do centrão, representada por Rodrigo Maia, faz com o Executivo na sua voracidade por manipular as verbas do orçamento público visando apenas interesses eleitorais, ou meramente escusos, ou a volta da política do toma-lá-dá-cá.

É farsa da mais embusteira o que os já identificados inimigos nacionais, como os caciques do Congresso Nacional, os ministros acobertadores do crime organizado do Supremo Jeitinho e os jornazistas da extrema-imprensa, estão a propalar com o recurso retórico barroquista da metonímia e da hipérbole, “acusando” as manifestações de serem contra as instituições democráticas como um todo.

Quando todos sabemos que não é. Trata-se apenas dos que as usurparam e cujos nomes serão lembrados nas faixas e cartazes das manifestações. Aliás, como sempre tem ocorrido nos últimos anos.

Como disse o presidente, os políticos decentes não devem temer as manifestações por que, além de pacíficas, nunca erraram em apontar a quem deve se dirigir o desabafo do general. Com a vantagem de que se tratam da maior síntese cultural das tradições mais brasileiras do sarcasmo, do picaresco e do humor carnavalesco com a matéria a mais séria da política e do civismo nacionais.

Portanto, todos às ruas, cidadãos de bem, a expressar o complemento nominal a que se referia o “f…-se” do general!

Veja mais em https://dcomercio.com.br/categoria/opiniao/o-porque-de-15-de-marco

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