Site Política Aberta analisa dados sobre empresas doadoras de campanhas

ouvirOuvintes aqui do Agito, agora vamos dar uma dica importante sobre o fundamental monitoramento dos gastos de campanha feitos pelos candidatos em período eleitoral.

Ultimamente, muito se tem falado sobre a conveniência ou não de empresas poderem fazer doações para candidatos e partidos. Além de saber quem são, é importante, depois do pleito, saber como fica o relacionamento delas com os seus beneficiários políticos.

Pensando nisso, um pesquisador brasileiro da universidade americana de Harvard, Gustavo Oliveira, desenvolveu uma ferramenta na internet justamente para comparar se as empresas que mais doam para campanhas são as que mais se beneficiam depois, conquistando grandes contratos junto ao poder público.

Dessa ideia surgiu o site PoliticaAberta.org, e seus resultados são muito esclarecedores. O Política Aberta ainda é um aplicativo em desenvolvimento, e atualmente apresenta os dados da campanha eleitoral de 2012, com informações obtidas do Portal da Transparência do governo federal e o próprio Tribunal Superior Eleitoral.

De cara, uma das conclusões que o site apresenta é a de que as 100 maiores empresas doadoras não levam em conta qualquer tipo de ideologia ou afinidade com propostas de candidatos ou partidos. Na média, cada uma delas doa para 8 partidos diferentes, num movimento deliberado de “se garantir” por todos os lados. Temos até um incrível caso de empresa que doou para nada menos que 24 partidos, o Banco BMG. Não é por acaso que seus dirigentes estiveram envolvidos no processo do mensalão.

O PoliticaAberta.org tem estas e muitas outras informações bem detalhadas e de fácil entendimento pelo cidadão comum. Vale a pena dar uma olhada no link que preparamos aqui no www.avozdocidadao.com.br. Vale lembrar que este é um trabalho ainda em desenvolvimento, e o Gustavo Oliveira promete novidades para breve. Vamos ficar de olho!

Aproveitem e acessem também o site da Coalizão pela Reforma Política. Um dos principais pontos de luta do movimento é justamente a proibição de doação por pessoas jurídicas, que aliás está sendo julgada no Supremo Tribunal Federal, numa ação da OAB. Como a ministra Carmen Lúcia afirmou algum tempo atrás: “Pessoa jurídica não deveria contribuir, porque não é cidadão”.

Pensem nisso. E até a semana que vem!

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