Senadores lançam Frente contra Corrupção mas sociedade ainda não se mobiliza

Senadores lançam Frente contra Corrupção mas sociedade ainda não se mobiliza

Ontem, mais um ministro, Wagner Rossi da Agricultura, deixou o cargo após novas denúncias de corrupção, improbidade e outros “que tais”. Não custa observar que já são quatro ministros a deixarem seus cargos em pouco mais de seis meses do novo governo.

Pois alguns senadores, capitaneados pelos experientes Pedro Simon e Cristovam Buarque divulgaram a criação de uma frente suprapartidária contra corrupção e impunidade no poder público. Segundo Simon, a idéia é apoiar ações de apuração de denúncias e de aprimoramento aos instrumentos de fiscalização, mas, principalmente, em apoio à firme conduta contra a corrupção adotada pela presidente Dilma.

Mas a Frente vai mais além e em sua primeira reunião de trabalho, terça-feira que vem, um dos temas discutidos será a mobilização da sociedade. O senador Pedro Simon foi bem claro em entrevistas ao afirmar que “O que se quer agora é fazer o movimento pela ética, pela moral, pela seriedade, e que a sociedade participe. Se ficar só no Congresso, só no Executivo e só no Judiciário, não vai acontecer nada. Se a sociedade disser chega de impunidade, vamos realmente fazer as coisas acontecerem.”

E ainda lembrou o movimento das Diretas Já, que começou desacreditado e se transformou num dos grandes momentos da cidadania brasileira além do Ficha Limpa, que acabou virando sinônimo de limpeza ética e social na política.

Vale deixar aqui registrado o nome dos oito senadores que começaram a organizar a frente suprapartidária: Pedro Simon (RS), Cristovam Buarque (DF), Jarbas Vasconcelos (PE), Mozarildo Cavalcanti (RR), Ana Amélia (RS), Marcelo Crivela (RJ), Rodrigo Rollemberg (DF), Randolfe Rodrigues (AP) e Pedro Taques (MT).

Em nosso comentário de terça passada falamos da oportuna iniciativa das entidades da sociedade civil pela discussão e aprovação de um projeto de lei de iniciativa popular para reforma do sistema político-eleitoral. Hoje, vem do Senado uma iniciativa de cidadania. Pois resta agora a participação maciça dos cidadãos eleitores e pagadores de impostos – ou seja, nós, que pagamos toda essa conta. Estas são as duas grandes iniciativas da cidadania este ano e que, com a participação de todos, têm tudo para influenciar as próximas décadas.

Aqui na Voz do Cidadão vocês já têm um link direto para o formulário de apoio ao projeto de reforma política. Assinem e incentivem seus contatos e fazerem o mesmo!

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