Pesquisa diz que publicidade infantil divulgada na mídia é estímulo para a obesidade

Criança parece que fica hipnotizada na frente da TV e é aí a publicidade dá o bote. Não tem a historinha infantil do lobo mal, que pega as criancinhas para fazer mingau? Pois é, só que nesse caso, ao invés de virar mingau, nossas crianças e adolescentes estão virando bolos-fofos, engrossando as estatísticas da epidemia de obesidade que se alastra pelo mundo inteiro e que, finalmente, chegou até nós.

Segundo uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Segurança Alimentar e Nutricional da Universidade Federal de São Paulo (O NISAN), 44,5% da publicidade infantil exibida na mídia divulga alimentos pouco saudáveis e que causam a obesidade. O crescimento do número de crianças obesas no Brasil é alarmante: cresceu nada menos que quatro vezes em trinta anos. A cada 10 minutos de publicidade, 1 é voltado para comerciais de guloseimas para o público infantil. Um alvo vulnerável que não consegue distinguir muito bem o que é realidade e o que é fantasia e por isso facilmente manipulável. Alguns especialistas são bastante rigorosos. Segundo o Instituto Alana, que oferece assistência educacional, cultural e profissional para crianças, jovens e adultos em São Paulo, toda publicidade infantil é abusiva.

Para impedir que as influências negativas deste tipo de publicidade continuem invadindo os lares brasileiros, um grupo formado pelo Instituto de Defesa do Consumidor – o Idec, o Instituto Alana, o próprio Nisan e a Procuradoria da Justiça de São Paulo se reuniram para propor ações de combate à obesidade infanto-juvenil. Dentre as sugestões do grupo estão a restrição de comerciais de alimentos com alto teor calórico em programas infantis, a redução dos impostos e o estímulo à produção de alimentos saudáveis, a utilização de rótulos e embalagens com informações mais acessíveis sobre o tipo de alimento que estão comprando, educação dos cidadãos para que estes adquiram hábitos alimentares mais saudáveis e a promoção de atividades físicas em escolas e espaços públicos.

Somente através da conscientização de pais, escolas, indústrias e de publicitários sobre a gravidade do assunto é que uma solução poderá ser encontrada. Esta é uma questão de saúde pública, e a falta de orientação alimentar, faz com que pais e filhos acabem caminhando juntos para uma expectativa e uma qualidade de vida limitadas pelo excesso de peso, que há muito se tornou um mal no mundo inteiro.

Aqui na Voz do Cidadão vocês têm um link para a Cartilha do Lanche Gostoso, que ensina pais e filhos sobre hábitos alimentares saudáveis. Uma questão de saúde pública que interessa a todos os cidadãos do futuro. Baixem, conheçam e repassem para a sua lista de amigos!

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