Para o INSS, morto também recebe pensão

ouvirAgora há pouco lembramos como a corrupção corrói o dinheiro público e o quanto é importante a reflexão sobre o que podemos fazer para evitar que bilhões de reais do nosso dinheiro simplesmente desapareçam na mãos de maus servidores.

Mas existe um outro problema que também contribui para o desperdício de dinheiro público. Esta semana, os noticiários deram conta de quase 2 bilhões de reais foram “pelo ralo” por problemas de gestão no INSS.

Segundo levantamentos do Tribunal de Contas da União, o TCU, e da Controladoria-Geral da União, a CGU, o INSS vinha pagando benefícios a nada menos que 33 mil cidadãos já mortos. E além dessas aposentadorias e pensões, cidadãos falecidos também vinham recebendo repasses do Bolsa Família, financiamentos para a agricultura familiar e até vagas em leitos do Sistema Único de Saúde.

Para além de possíveis evidências de corrupção, estes são problemas de gestão, ou seja, de administração dos cadastros de quem ainda é beneficiário ou não. Simplesmente, o sistema de controle de óbitos usado pela Previdência não é integrado ao sistema de informações sobre mortalidade usado pelo Ministério da Saúde, causando milhares de desvios de informação ao longo dos processos de concessão de benefícios.

Para a cidadania, transparência e eficiência são conceitos tão importantes quanto a moralidade no uso da coisa pública. Não é à toa que eles são três dos cinco princípios da administração pública citados em nossa Constituição Cidadã. Os outros são a legalidade e a impessoalidade.

Leia mais informações sobre a liberação de dinheiro público para os cidadãos já falecidos aqui, no www.avozdocidadao.com.br!

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