OIT afirma que Brasil é exemplo de combate ao trabalho escravo

Agora no início de setembro foi realizado em São Paulo o III Seminário Nacional sobre o Pacto para Erradicação do Trabalho Escravo.

O tema é dos mais oportunos. Afinal de contas, muitos de nós aprendemos na escola que o trabalho escravo foi encerrado com a proclamação da Lei Áurea. Mas infelizmente a realidade não é bem essa. Hoje não temos mais aqueles troncos e correntes que prendiam os escravos. O que temos são relações de trabalho onde o empregador trata seus funcionários em condições semelhantes à escravidão. Por exemplo, quando empregador submeter o trabalhador a trabalhos forçados, ou a uma jornada exaustiva e mesmo a condições degradantes de trabalho, sem higiene ou proteção. Outro caso é quando o empregador restringe a locomoção do trabalhador em razão de dívida para com empregador ou preposto. Ou seja, simplesmente mantém os trabalhadores presos na fazenda sob a alegação de que não podem sair enquanto não quitarem suas dívidas.

Mas no Brasil o trabalho de fiscais e promotores tem sido exemplar. Desde quando começaram as fiscalizações do grupo móvel já foram resgatados mais de 35 mil trabalhadores em condições similares à escravidão. Esse trabalho é o resultado de um esforço do Ministério do Trabalho e Emprego com apoio de auditores-fiscais do trabalho, promotores públicos e a Polícia Federal.

E foi por este bom desempenho que a representante da Organização Internacional do Trabalho, Caroline O´Reilly, afirmou durante o Seminário que o Brasil é referência mundial quando o assunto é o combate ao trabalho escravo. Segundo Caroline,”o Brasil detém o modelo mais avançado do mundo na luta contra o trabalho escravo e as ações desenvolvidas aqui servem de referência para a grande maioria dos outros países que combatem este crime”.

Esse tema é dos mais importantes, pois atinge não apenas cidadãos brasileiros nas regiões mais remotas do país. Ultimamente têm sido descobertos casos do chamado “trabalho degradante” em estados ricos das regiões Sudeste e Sul. E por isso, resolvemos colocar à disposição de todos os visitantes do nosso portal a cartilha sobre trabalho escravo recém-lançada pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

Não podemos nos esquecer nunca que a liberdade e a propriedade são dois dos valores mais importantes para a cidadania. Leiam a cartilha com atenção e denunciem ao Ministério Público do Trabalho de sua região qualquer caso de trabalhadores em condições similares à escravidão.