O Brasil de “Fronteiras Abertas”

ouvirA violência urbana, o contrabando, as drogas e as nossas fronteiras têm muito mais a ver com a gente do que imaginamos. Hoje vamos comentar a pesquisa do Sindireceita “Fronteiras Abertas”, que o Sindicato dos Auditores acaba de divulgar e que tem tudo a ver com essa nova onda de violência em cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Belo Horizonte.

Que o Brasil tem uma fronteira enorme, todo mundo já sabe, é claro. Mas o que poucos de nós nos damos conta é que isso também traz grandes preocupações, principalmente na área de fiscalização. Afinal de contas, é por elas que entram no país as drogas, armas, produtos falsificados e até o dinheiro ilegal que estão por trás da violência dos assaltos, arrastões, sequestros e outros crimes.

Segundo o estudo do Sindireceita, essa situação corre risco de continuar assim por mais tempo. Durante 10 meses, uma equipe de auditores da entidade percorreu mais de 15 mil quilômetros de rodovias federais e estaduais, estradas vicinais e até rios que marcam a fronteira do Brasil com o Uruguai, Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, Colômbia, Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa.

E a conclusão foi a de que existe uma deficiência de pessoal da Receita Federal para o controle das 31 inspetorias existentes. Para Paulo Antenor, presidente do Sindireceita, “sem um reforço efetivo no quadro de servidores e, principalmente, sem tratar a aduana como uma prioridade, o Brasil não conseguirá vencer a guerra contra o crime organizado que se aproveita dessa fragilidade nas fronteiras para se abastecer de drogas, armas e munições”. Segundo a Receita Federal, o déficit de pessoal de fronteira chega a mais de 70%.

Esse tema deve ser tratado com mais seriedade até pelos candidatos à Presidência da República, pois trata-se de questão clara de soberania e segurança nacional. Mês passado já havíamos comentado o déficit de policiais federais que cuidam das nossas fronteiras. Para uma fronteira continental como a do Brasil, temos apenas 8.600 delegados e agentes quando o mínimo ideal deveria ser de 17 mil, ou seja, praticamente o dobro.

Aqui no portal da Voz do Cidadão vocês encontram mais detalhes do estudo do Sindireceita, o “Fronteiras Abertas”. Conheça e reflita sobre a questão da segurança não só nas cidades brasileiras mas principalmente nas fronteiras.

E procure saber o que o seu candidato a presidente pensa disso.

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