Ministério Público defende penas mais duras para combater a corrupção

Essa dica é para conhecer e acompanhar de perto. O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar se reúne nesta quarta-feira (amanhã) para avaliar sugestões de combate à corrupção que deverão ser encaminhadas ao presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia.

Dentre elas, o Conselho vai avaliar as sugestões apresentadas pelo Ministério Público Estadual do Paraná, através do procurador-geral de Justiça do Estado, Miguel Riquelme de Macedo, e que sugerem tornar mais rigorosas as penas para os crimes contra a administração pública. Dobrar o tempo de condenação, aplicar multas pesadas e restringir direitos de pessoas jurídicas envolvidas em irregularidades com o poder público estão entre as sugestões.

Com um escândalo de corrupção após o outro, o que se teme é que a sociedade fique anestesiada diante de tantos abusos e delitos cometidos. Hoje em dia temos praticamente um escândalo por semana envolvendo algum grande nome da política brasileira. Uma sucessão sem fim de escândalos que, por um lado, fazem com que o mais novo escândalo encubra o anterior, e, por outro, tornam cada vez mais evidente a anacrônica lentidão processual do nosso Judiciário, que simplesmente põe a culpa na legislação sem procurar tornar eficiente o seu modus operandi.

Segundo o MP, um dos grandes incentivos à bandalheira são as penas brandas demais, se considerada a gravidade dos crimes envolvidos nos casos de corrupção. Uma das sugestões do MP é dobrar a pena mínima da corrupção passiva, hoje fixada em dois anos. Outra é punir com mais rigor pessoas jurídicas – empreiteiras, fornecedores, prestadores de serviços – que se envolvam em irregularidades nos negócios com o poder público, aplicando multas pesadas e restringindo direitos. O MP também sugere que o descumprimento, por parte dos governantes, dos limites mínimos fixados para investimentos em saúde pública e educação, seja determinado com mais clareza pelo Código Penal.

É preciso que a cidadania consciente deste país não se deixe abater e mantenha-se vigilante. Na reunião de amanhã, o Conselho vai analisar também as propostas sobre do funcionamento das comissões da Câmara e, mais especificamente, da Comissão Mista de Orçamento. Por exemplo, o fim das emendas de bancadas poderá ser pedido pelo órgão. “Há 20 anos ouço falar em modificações na Comissão de Orçamento, mas nenhuma medida efetiva é tomada”, criticou o presidente do Conselho, o deputado Ricardo Izar (SP). Como todos sabem, umas das maiores brechas para o jogo político de interesses são justamente as emendas de bancadas, que oferecem brechas para os interesses privados.

Aqui na Voz do Cidadão preparamos uma lista com as principais sugestões que serão analisadas amanhã. Vamos tomar conhecimento do que se está sendo discutido pois isto irá influenciar diretamente no comportamento futuro dos nossos políticos.

E, em nossa Memória Política, temos a lista dos 29 parlamentares acusados de crimes eleitorais cujos mandatos estão sujeitos a cassação. Para baixar e repassar aos seus amigos.

A cidadania consciente não pode deixar de participar dessa luta!

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