Fiesp lança campanha “Sou Contra a CSS”

Um pouco de dinheiro a mais no bolso é bom, não é? Mas o governo anda exagerando no que já se chamou de “fúria arrecadatória”, e não tem dado sossego à cidadania. Após o fim da CPMF – Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras, ele veio com a idéia da CSS-Contribuição Social da Saúde. Praticamente a mesma coisa com outro nome. Pois a sociedade civil está reagindo a mais este abuso, e semana passada divulgou um movimento contra mais esse imposto, o “Sou Contra a CSS”.

Em evento realizado na sede da Fiesp, semana passada, empresários e representantes de organizações anunciaram uma série de ações, que serão postas em prática em todo o país, a exemplo do foi feito no ano passado, à época da votação que extinguiu a triste CPMF, que corria o risco de deixar de ser provisória e passar a ser permanente.

A OAB-Ordem dos Advogados do Brasil, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo, a Associação Comercial de São Paulo e o Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis são algumas das dezenas de entidades que participam desta iniciativa.

A campanha já tem um site, onde cidadãos pagadores de impostos podem aderir a um abaixo assinado que será enviado ao Congresso Nacional, pedindo para que os parlamentares não aprovem a CSS. O movimento conta com um milhão e meio de assinaturas colhidas na época da votação da CPMF e até o momento, outras 56 mil adesões no site. A meta é chegar a mais de 3 milhões no total, para demonstrar de vez aos nossos legisladores de que a sociedade não quer e não acredita numa carga ainda maior de impostos.

E essa percepção tem fundamento. Segundo projeção do site Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo, este ano o governo vai ultrapassar a marca de um trilhão de reais arrecadados em impostos. De fato, com uma arrecadação deste porte, não tem mais como convencer ao cidadão eleitor da necessidade de maior carga tributária. O que se cobra do poder público é que cuide de sua própria “casa”, enxugando seus custos. Por exemplo, coibindo iniciativas absurdas como esta última do Senado, de contratar quase 100 funcionários a mais “a peso de ouro”. Como bem nos conta o prof. Ricardo Bergamini, até pior que essa contratação é observar a escalada de contratações do poder público como um todo. Para se ter uma idéia, o custo total apenas com pessoal nos três Poderes aumentou de quase 36 bilhões de reais em 1994 para 75 bilhões em 2002. Ou seja, um aumento de quase 110% em relação ao ano de 1994.

E ainda querem dividir a conta com toda a sociedade, através da CSS. Cabe à cidadania se manifestar contra esse imposto, acessando aqui na Voz do Cidadão o link para o site do movimento, o www.soucontraacss.com.br. Lá vocês encontram a íntegra da lista dos parlamentares que votaram a favor da CSS e uma apresentação com as razões pelas quais o novo imposto não deveria existir.

Devagar, mas sempre, a cidadania vai avançando no Brasil!

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