Eleições no Reino Unido são exemplo de cidadania

Estão acontecendo neste momento as eleições gerais num dos locais mais conhecidos pelo alto grau de desenvolvimento de cidadania, o Reino Unido.

Um dos pontos que mais nos chama atenção, para além do fato de que lá, diferente daqui, não existe uma eleição “fulanizada”, com tons plebiscitários, é a pluralidade da representação, o que torna o debate mais rico e fértil. Através do debate entre os três principais candidatos (o atual primeiro-ministro Gordon Brown, o conservador David Cameron e o liberal-democrata Nick Clegg), ficamos sabendo que lá – mais uma vez diferente daqui – a pauta da reforma política está sendo levada muito a sério.

Temas fundamentais para uma democracia saudável estão na pauta do dia, como os direitos de imigrantes, redução do número de deputados, corte de gastos públicos e mudança do sistema eleitoral, sem falar na política externa, na economia e na defesa.

Esperamos que aqui o exemplo britânico surta algum efeito. A reforma política que tivemos até agora não chegou nem perto de temas que deveriam ser prioridade, como o voto livre, o voto distrital, financiamento público de campanhas, fim do voto secreto no Congresso, e muitas outras.

Acreditamos que a tão falada reforma política que precisamos urgentemente – a começar pela aprovação do projeto Ficha Limpa que acaba de sofrer novo adiamento no Congresso – servirá de trampolim para debates importantes com a sociedade. Cabe à sociedade civil organizada continuar insistindo e pressionando pelas discussões e audiências públicas de temas relativos à reforma política, que não deve ser nunca confundida com a reforma eleitoral que os políticos insistem em tratar.

Sobre o tema da reforma política, vale conhecer e baixar o panfleto de mobilização criado pela Voz do Cidadão no www.avozdocidadao.com.br.

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