Campanha do Fórum Contra a Pirataria aumenta em 33% o número de denúncias

Esta semana, a Agência de Vigilância Sanitária ( Anvisa) divulgou a informação de que o governo apreendeu mais remédios falsificados neste primeiro trimestre do ano do que em todo o ano passado. Foram mais de 170 toneladas de medicamentos piratas apreendidos e, o que é pior, 90% deste total estava disponível ao consumidor em farmácias legalizadas. E parece que este tipo de delito está aumentando.

Mas, como sempre fizemos questão de frisar aqui, é um grande engano a velha máxima de que o cidadão brasileiro é acomodado e não se interessa por questões coletivas, como a pirataria de falsificação de produtos. Quando temos a chance de participar, tomamos para nós a responsabilidade de transformar a realidade ao nosso redor, como bem demonstraram as campanhas das Diretas Já ou mesmo o caso do impeachment do então presidente Fernando Collor. E mais uma vez estamos demonstrando consciência de cidadania, e uma grande disposição em fazer da atual cultura generalizada de impunidade uma cultura de plena cidadania.

Pois é o que mostram os resultados da mais recente campanha do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade. Segundo Alexandre Cruz, presidente da entidade, desde que começou a ser exibida em canais de televisão aberta e fechada, no ano passado, o disque-denúncia do FNCP já elevou em mais de 30% o número de denúncias recebidas. Alexandre explica que “esse resultado é animador, pois estamos conseguindo sensibilizar o cidadão consumidor para que ele denuncie a pirataria”.

O FNCP estima que, por causa da pirataria, o governo deixa de arrecadar R$ 90 bilhões por ano em impostos. Com a concorrência desse mercado clandestino, as indústrias deixam de faturar R$ 350 bilhões anuais, e mais de 5 milhões de empregos deixam de ser gerados. Só no setor de medicamentos, é estimada uma perda de 6 a 8 bilhões de reais ao ano. A boa notícia é que dados da Receita Federal apontam que, nos dois primeiros meses de 2009, aumentou em três vezes o número de apreensões de produtos piratas no Brasil.

Mas é preciso também o apoio de campanhas educativas, segundo pesquisa o Instituto Akatu para o Consumo Consciente. Para Helio Mattar, presidente do Akatu, hoje o cidadão consumidor já começar a ter noção dos malefícios do consumo de produto pirata, mas alega “a boa relação custo-benefício desses produtos, revelando que se sentem “bobos” por pagar mais caro pelo original”. Para Helio Mattar, para reverter este quadro as campanhas em TV devem ter o apoio de um trabalho constante de conscientização em salas de aula, além de ser um tema que deveria ser discutido em novelas, programas de variedades etc.

Para quem quiser conhecer e divulgar a campanha do Forum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade, temos um link direto para o site da entidade, o www.fncp.org.br, onde vocês poderão assistir a todos os seis vídeos que compõem a campanha “Com produto pirata não tem mágica”. Vocês também podem ajudar no combate à pirataria ligando para 0800 771 3627. Participem!

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