Brasil é campeão mundial em desigualdade salarial entre homens e mulheres

Como comentamos agora há pouco, a cidadania feminina no Brasil vem fazendo grandes e merecidos progressos. Mas ainda falta muito o que fazer para chegar ao ideal.

Prova disso foi o resultado da última pesquisa divulgada pela Confederação Internacional dos Sindicatos e que procurou saber como anda a diferença entre os salários pagos aos homens em relação àqueles recebidos pelas mulheres. O Brasil, infelizmente, decepcionou.

O estudo, baseado em pesquisas com 300 mil mulheres de 24 países, afirma que elas, no mundo todo, ganham em média 22% a menos que os homens. E adivinhem quem foi o campeão da desigualdade salarial? Nosso país ficou no topo da lista, com nada menos do que 34% de variação entre os salários. Em seguida, vieram a África do Sul com 33%, o México, com 29% e nossos hermanos da Argentina com 26%. E o país com menor diferença – e que desbancou nações consagradas nas lutas pela igualdade de oportunidade para os sexos como Suécia e Dinamarca – foi a Índia, com apenas 6% de variação nos salários de homens e mulheres.

A juíza Luciana Neves, presidente da Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho-Região 1 (a chamada Amatra-1), observa que nossa Constituição Federal determina a igualdade de gênero. Para isso, é importante a reflexão sobre os resultados desta pesquisa para que se possa combater possíveis formas de discriminação. E, assim, fazer cumprir o Artigo 5º que, em seu primeiro inciso diz que todos os cidadãos são iguais perante a lei.

A juíza alerta ainda que, para isso, há a necessidade de maior fiscalização para que essas garantias constitucionais sejam efetivamente cumpridas.

Para quem quiser conhecer a pesquisa da Confederação Internacional dos Sindicatos, temos aqui um link especial para a íntegra do estudo, que está em espanhol.

Neste Dia Internacional da Mulher, é importante conhecer e refletir sobre os caminhos que a cidadania feminia ainda tem a percorrer.

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