Brasil – ainda pouca liberdade para crescer

A divulgação do novo Relatório Global de Abertura ao Comércio, do Fórum Econômico Mundial, traz novamente o Brasil para o centro de uma questão fundamental para cidadania. Afinal, podemos dizer que nossa economia é mesmo de mercado, moderna, ou a velha economia de Estado de sempre, pesada, sobretaxada e centralizadora? Até que ponto temos liberdade para empreender, crescer e gerar empregos e divisas para o país?

Segundo o novo ranking, infelizmente parece que não temos muita, não. O Brasil aparece ocupando posição de número 80 dentre 118 países analisados no que o Fórum chamou de Índice de Facilitação do Comércio. Os aspectos considerados foram a abertura comercial de cada país, a burocracia nas fronteiras, a infra-estrutura logística e o ambiente geral para negócios.

Dentre nossos concorrentes globais do chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China) ficamos à frente apenas da Rússia (na posição 116), mesmo tendo um potencial para negócios muito maior que a Índia, por exemplo, que ficou com a posição de número 71. Nos primeiros lugares, estãos os países asiáticos, que vêm ocupando posições de destaque já a alguns anos, com Hong Kong em primeiro e Cingapura, em segundo.

Essa posição nada honrosa para o Brasil deveu-se a fatores há muito conhecidos: tarifas excessivas para produtos importados, barreiras não-tarifárias fito-sanitárias, escassez de infra-estrutura de transportes e, principalmente, a falta de um sistema de transporte aeroviário aberto e competitivo. Outros quesitos que acabaram influenciando foram a burocracia nos procedimentos alfandegários e problemas de segurança nas fronteiras.

Este é mais um alerta para um Estado que insiste em inibir a atuação empresarial, ao invés de cumprir as suas funções constitucionais mais fundamentais, que são a de garantir a segurança, a justiça e a educação básica aos cidadãos, além de zelar pela livre concorrência, e o respeito aos contratos e à propriedade. Esse resultado não é nenhuma novidade para a cidadania, visto que, no Relatório de Liberdade Econômica 2007 do Cato Institute, o Brasil já vinha numa péssima centésima primeira colocação, de um total de 141 países pesquisados. Esta pesquisa inclusive foi retratada pelo Cato em um excelente Mapa Interativo de Liberdade Econômica, onde, com um simples clique no país desejado, qualquer um tem acesso a informações detalhadas sobre como andam as garantias à liberdade econômica. Vale a pena conferir.

Aqui no www.avozdocidadao.com.br preparamos um link especial para o Relatório Global de Abertura ao Comércio, do Fórum Econômico Mundial e para o Mapa de Liberdade Econômica do Cato Institute. Fundamentais como referência à discussão da cidadania!

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