Amanhã é o Dia Mundial da Saúde

Amanhã, será comemorado no mundo inteiro o Dia Mundial da Saúde, criado em 7 de abril de 1948, pela Organização Mundial de Saúde, a OMS. Não custa lembrar aqui que saúde pública não envolve apenas o bem-estar imediato dos cidadãos. Envolve investimentos dos poderes públicos para criar a manter uma grande infra-estrutura que inclui não só o atendimento médico, mas também a garantia à água potável, ao saneamento básico das comunidades, à alimentação adequada, e até à habitação digna.

Para a cidadania, é justamente a origem e a destinação desses recursos o ponto-chave de qualquer discussão sobre a Saúde, principamente aqui no Brasil. Mas afinal, como estamos nesse quesito?

Segundo dados do professor de Economia Ricardo Bergamini – citando informações captadas pelo suplemento de Saúde da PNAD 2008, realizado pelo IBGE em convênio com o Ministério da Saúde – nada menos que 95% das pessoas que procuraram os serviços de saúde (público ou privado) foram atendidos na primeira tentativa, e mais de 85% dos atendidos consideraram o atendimento “muito bom ou bom”. A pesquisa também constatou que, em 2008, 27,5 milhões de domicílios brasileiros estavam cadastrados no Programa Saúde da Família.

Mas por que a Saúde continua frequentando as primeiras páginas dos jornais, sempre com dados assustadores de mal atendimento e até mortes em filas de espera em postos e hospitais? O fato é que, se aumentou o volume de dinheiro aportado para a área de Saúde, aumentou também o desvio dessas verbas. Basta ver o mais recente caso, nos enviado pelo jornalista Fabio Oliva. O Ministério Público de Minas Gerais acaba de mover ação contra oito pessoas por desvio de recursos para reforma do hospital da pequena cidade de Januária, no norte do Estado. Detalhe: um dos suspeitos é um médico, ex-secretário de Saúde do município.

Por conta de casos como esse de Januária, é cada vez mais importante a aprovação do projeto de lei PLS 40/2006, da senadora Heloísa Helena, que está tramitando no Congresso, e quer transformar em crime hediondo delitos de corrupção, ativa ou passiva, como desvio de verbas para a Saúde. Afinal, fraude e desvio de verbas para a Saúde é um dos crimes mais covardes que existem pois, na outra ponta, são cidadãos eleitores e pagadores de impostos que deixam de ser atendidos e muitas vezes acabam morrendo em hospitais sucateados e sem profissionais. Ainda que indiretamente, não passa de homicídio o que esses malfeitores praticam.

Conheça aqui na Voz do Cidadão a íntegra deste caso acontecido no interior de Minas Gerais, mas que pode estar acontecendo agora, bem pertinho, aí na sua cidade. Conheça também o projeto de lei PLS40/2006 e pressione seu deputado por sua aprovação imediata!

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