Hospitais do Rio

Recebemos mensagem de alerta
do administrador Wagner Siqueira, cidadão
morador do Rio de Janeiro, sobre o jogo
de empurra político a propósito
da situação de abandono da
rede hospitalar da cidade.

No último dia 15, o jornal O Globo
faz uma ampla matéria sobre a situação
insustentável dos hospitais federais
universitários da cidade. Apesar
das críticas, Wagner Siqueira acha
que a denúncia poderia ter ido muito
mais fundo, exemplificando os reais motivos
pelos quais eles não funcionam, acabando
por cair tudo no colo da Prefeitura.

E o que é ainda pior: acabando por
cair no final das contas no bolso do próprio
cidadão contribuinte, que tem que
arcar com mais tributos para que a administração
municipal preste serviços que deveriam
ser feitos pela rede estadual ou federal
de saúde. Dá até para
nos lembrar do poema de Carlos Drummond
de Andrade: "O poeta municipal / discute
com o poeta estadual / qual deles é
capaz de bater o poeta federal. / Enquanto
isso o poeta federal / tira ouro do nariz".

Pois o fato é que a corda sempre
rompe do lado do cidadão que paga
toda a conta de um jeito ou de outro. Na
verdade, Wagner cobra pela maior atuação
do Ministério Público na apuração
das responsabilidades, quando a imprensa
ataca indiscriminadamente a rede municipal,
sobrecarregada que está para atender
toda a população que não
é atendida pelas redes estadual e
federal, sobretudo pela rede dos hospitais
universitários, como as emergências
do Fundão e do Hospital de Laranjeiras.

Wagner na verdade nos chama atenção
para o uso político da saúde
pública onde prevalece um queda de
braço entre os poderes municipal,
estadual e federal. E tudo isso com o silêncio
cúmplice do Sindicato dos Médicos
do município e do próprio
Cremerj, que só se manifestam para
atacar a rede municipal, deixando de lado
as verdadeiras mazelas que vêm da
explícita ineficiência das
redes federal e estadual.

Tome uma posição você
também sobre esta questão
participando do mural, dos manifestos e
das campanhas da Voz do Cidadão.

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