Exposição sobre Aleijadinho no CCBB-RJ vai só até domingo (11/02)

Ainda aqui no Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro, vale a pena conhecer a exposição “Aleijadinho e seu tempo – fé, engenho e arte” que segue apenas até próximo domingo, 11 de fevereiro, seguindo em março para a sede de Brasília.

Vale a pena aprender conhecer a história do mestre para nos enxergar melhor enquanto identidade cultural nacional. E é o que faz esta monumental exposição, ao nos apresentar todo um percurso histórico sobre o Brasil Colonial, suas relações com Portugal, o continente latino-americano, além de um amplo panorama daquele período, com mostra de cartografia, bibliografia, filmografia e fotografia de época, cobrindo todas as dimensões sociais, políticas e econômicas da história colonial brasileira. Uma oportunidade única de conhecermos um pouco mais nossas raízes culturais, fator fundamental para despertar a auto-estima de nossos concidadãos, única forma efetiva de afirmar a cultura e desenvolver o país.

Reconhecido mundialmente, Antônio Francisco Lisboa (1738/1814), o Aleijadinho, é considerado o Michelangelo do Brasil e comparado aos grandes mestres italianos, por produzir obras-primas do barroco sem nunca ter saído do país. Pois para além da fé do artista devemos apreciar seu engenho e arte, que estão para muito além de seu tempo. Arquiteto, escultor, entalhador, podemos mesmo dizer que Aleijadinho foi o maior realizador cultural brasileiro do ciclo do ouro durante o século XVIII. Há quem diga que os sete conjuntos de esculturas dos Passos da Paixão de Cristo, no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, são na verdade puro teatro dramático, tamanha a riqueza das encenações, com a diferença de que quem se move é o próprio espectador.

Fica aqui nossa sugestão de que a exposição seja levada também ao outro centro cultural do banco, em São Paulo. Ou melhor, que ela seja incluída no Circuito Cultural do banco, que é uma verdadeira caravana itinerante de cultura e já percorreu 32 cidades, recebendo um público de aproximadamente 1 milhão e duzentos mil cidadãos, segundo dados do próprio CCBB.

Em tempos de tanta procura por nossas referências étnicas, vale lembrar que, antecipando outro grande gênio da raça quase um século depois, o grande escritor Machado de Assis, o nosso Aleijadinho era mulato brasileiro autêntico, nascido de pai português e do ventre de sua escrava africana.

Acessem aqui a nossa Agenda da Cidadania para saber mais sobre a exposição “Aleijadinho e seu tempo” e conhecer um pouco mais sobre nossa identidade cultural nacional. Em nossa Agenda, vocês têm um link direto para o site do CCBB, com mais informações.

Acessem, visitem e participem!

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