Câmara quer projeto para limitar greves de professores universitários

Temos recebido diversas mensagens sobre a atual paralisação dos professores das universidades federais que acaba de completar três meses.

Muitos se declaram simpatizantes do movimento, pois acreditam ser legítima a luta por reposição salarial e melhores condições de trabalho e de carreira. Outros consideram que paralisações deste tipo apenas possuem orientação política, visto que nos últimos 25 anos nada menos que 16 grandes greves foram feitas e a situação não muda.

Nós aqui da Voz do Cidadão afirmamos sempre a nossa convicção no respeito às leis e aos direitos dos cidadãos, como os garantidos pelo Artigo 5º da nossa Constituição. Ainda que o direito à greve seja legítimo, neste caso dos professores a paralisação constitui num flagrante desrespeito aos direitos dos alunos, numa medida que em nada vem contribuindo para uma solução definitiva.

Existem meios mais adequados que poderiam ser seguidos pelos professores, como o apoio a propostas como a do ex-ministro Cristóvam Buarque, que buscava ampliação das receitas das universidades públicas através de contribuições de alunos mais ricos ou por serviços prestados à comunidade.

Com o objetivo de estabelecer limites para as greves dos professores universitários, a Comissão de Educação da Câmara convocará o Ministério da Educação, sindicatos, reitores e estudantes para discutir a necessidade de se regulamentar o direito de greve não só nas universidades federais mas de todos os funcionários públicos. É preciso lembrar que até hoje não foi regulamentado o direito de greve dos funcionários públicos, como está disposto no Artigo 9º da nossa Constituição Federal, por causa do lobby das corporações sindicais que sempre se opuseram.

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