Acre

Vocês conhecem o
Acre? Para espanto certo de alguns brasileiros
cidadãos moradores do eixo Rio-São
Paulo-Minas, chegando a Rio Branco, o visitante
deve atrasar o relógio duas horas.
É exatamente isso: somos um país
que muda de fuso horário de uma extremidade
a outra. O Acre está no mesmo fuso
horário da Flórida americana!
E vocês devem saber que poucos são
os países de extensão territorial
continental como o Brasil, a ponto de mudarem
de fuso de uma extremidade a outra, como
os Estados Unidos, o Canadá, a Rússia,
a China, a Índia e a Austrália,
se não nos falha a memória.

Pois acreditem! Em Rio Branco, tivemos a
honra de estar na presença de Elenira
Mendes, filha desse grande herói
da cidadania brasileira que foi Chico Mendes,
e que dirige a Fundação Chico
Mendes, de Xapuri, com a missão de
defender a integridade da floresta amazônica,
meio de vida não só dos serigueiros
e do povo da floresta, mas também
de toda a humanidade.

Foi com muita emoção que apresentamos
o nosso programa da Voz do Cidadão
e nosso site de cultura e difusão
dos direitos do cidadão. O que poderíamos
acrescentar a um brasileiro que, independente
de formação universitária,
teve a plena consciência de seus direitos
civis coletivos? No caso, os direitos ambientais
que não são devidos apenas
aos povos da floresta, mas a todos os cidadãos
do planeta.

Não foi com menor emoção
que tivemos a oportunidade de conhecer Chico
Mendes, poucos meses antes de ser covardemente
assassinado por uma quadrilha de fazendeiros
incendiários, madeireiros e seus
capangas. Estava no Rio ajudando na fundação
do movimento ecologista e na campanha do
hoje deputado Fernando Gabeira, participando
como qualquer um de nós daquele que
foi um dos primeiros “abraços”
da luta da sociedade civil brasileira pelas
causas da cidadania. No caso, era o abraço
a lagoa, até hoje seguido de tantos
outros abraços-símbolo da
defesa de nosso patrimônio público
e coletivo.

Através dessas viagens sempre nos
orgulhamos desse Brasil real e distante
da sensação de violência
e ceticismo produzida pelas manchetes dos
jornais das cidades grandes. Pois será
no sentido do interior e da periferia para
os grandes centros que efetivamente conseguiremos
ouvir as vozes do cidadão morador,
do eleitor, do contribuinte e do consumidor,
o que acabará por forjar a consciência
de um cidadão pleno, um cidadão
consciente de seus direitos civis, políticos,
econôm

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